Bruxelas anuncia sexto contrato para vacinas, agora com Moderna
A presidente da Comissão Europeia anunciou hoje um novo contrato para assegurar vacinas contra a covid-19, o sexto no quadro da pandemia, desta feita com a norte-americana Moderna, que fornecerá até 160 milhões de doses à União Europeia.
"Estou feliz por anunciar que aprovámos hoje um novo contrato para garantir mais uma vacina contra a covid-19 no nosso portfolio. Este contrato permite-nos comprar até 160 milhões de doses de uma vacina produzida pela Moderna", afirmou Ursula von der Leyen, acrescentando que, "de acordo com os resultados dos ensaios clínicos, esta vacina pode ser extremamente eficaz contra a covid-19".
Na semana passada, a empresa de biotecnologia Moderna anunciou que dados provisórios indicam que a sua vacina contra a covid-19 tem uma eficácia de 94,5% na redução do risco de contrair a doença.
Von der Leyen sublinhou que, "uma vez que fique efetivamente provado que a vacina é segura e eficaz, cada Estado-membro recebê-la-á ao mesmo tempo, numa base proporcional e nas mesmas condições".
A presidente do executivo comunitário lembrou que este é já o sexto contrato celebrado pela Comissão Europeia com uma empresa farmacêutica para o seu portfolio de vacinas contra a covid-19 e, sem revelar pormenores, adiantou que já está a trabalhar "ainda em mais um".
"Estamos a constituir um dos portfolios de vacinas para a covid-19 mais abrangentes do mundo. Tal dará aos europeus acesso às futuras vacinas mais promissoras até agora em desenvolvimento", completou.
A Comissão Europeia já assinara contratos com a AstraZeneca (300 milhões de doses), a Sanofi-GSK (300 milhões), Johnson & Johnson (200 milhões), BioNTech e Pfizer (300 milhões), CureVac (405 milhões).
Na passada quinta-feira, Von der Leyen indicou que a Agência Europeia de Medicamentos (EMA) poderá dar uma primeira autorização comercial às vacinas para a covid-19 desenvolvidas pela BioNTech e Pfizer e pela Moderna na segunda metade de dezembro.
"A EMA diz-nos que a autorização condicional de mercado -- que é ainda uma de fase muito inicial -- pode acontecer já na segunda metade de dezembro, se tudo correr sem qualquer problema", revelou, numa conferência de imprensa no final do Conselho Europeu por videoconferência da última quinta-feira.