"É um projecto conjunto da Universidade da Madeira", diz Sílvio Fernandes sobre eleições
Lista C, liderada pelo actual vice-reitor, venceu ontem as eleições para o Conselho Geral da UMa. As candidaturas para reitor deverão acontecer em Janeiro
A vitória nas eleições para o Conselho Geral da Universidade da Madeira (UMa) foi expressiva, mas é com ponderação que o actual vice-reitor, que encabeça a lista vencedora, reage ao DIÁRIO: “Este projecto para o futuro da Universidade da Madeira foi bem acolhido pelos colegas docentes e investigadores, esta vitória foi significativa como se pode constatar pelos números do resultado final, mas, de qualquer das formas, considero que é um projecto conjunto da Universidade da Madeira e permitirá fazer crescer ainda mais a Universidade. Essa é a nossa intenção”, afirmou Sílvio Fernandes ao DIÁRIO, esta terça-feira.
Agora, e porque “o futuro há de trazer muito trabalho”, o professor auxiliar sublinha que a UMa tem desenvolvido “um trabalho agora reconhecido pelos colegas, mas também necessita de melhores condições para continuar esse trabalho”. Para os próximos anos, aponta o vice-reitor, a Universidade da Madeira “tem de crescer, pelo menos, 30%, tem de ganhar dimensão e para isso necessita de ver compensado o seu financiamento”.
Sílvio Fernandes lembra os custos acrescidos da insularidade, defendendo que o financiamento para as universidades nas ilhas deve ser superior: “Não podemos estar a ser financiados da mesma maneira do que outras universidades do continente. Isso até já foi reconhecido para os Açores, que têm um financiamento acima do nosso. Não queremos que se retire financiamento aos Açores, mas queremos ser tratados de igual modo”
Para Sílvio Fernandes a “Madeira só terá a ganhar se tiver uma universidade forte que possa contribuir para a formação dos alunos, mas também para a transferência do conhecimento que é produzido na Universidade para o meio envolvente”.
Internacionalizar a UMa é outro dos objectivos: “Temos de ter direito a esses fundos para a internacionalização, não se pode internacionalizar sem meios, tem havido uma evolução, o panorama de internacionalização da universidade não é exactamente igual ao que era há uns anos”, afirmou, para rapidamente relevar que “a troca de saberes entre pessoas que estão na Madeira com as que estão fora, é muito útil para ambas as partes”.
O período de candidaturas para reitor deverá abrir em Janeiro: "Tenho intenção de concorrer, vamos ver o resultado dessas eleições", conclui.
Cátia Teles , 23 Novembro 2020 - 21:22