Madeira

Taxa de juro no crédito à habitação em mínimos de há cinco meses

Os 0,834% cobrados pela banca em Outubro de 2020 é o segundo valor mais baixo desde 2009, só superado pelos 0,829% de Maio deste ano

Foto Shutterstock
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A taxa de juro implícita ao crédito à habitação baixou uma vez mais em Outubro para 0,834%, sendo este o segundo mês com o valor mais baixo cobrado pela banca para dar crédito à compra de casa na Região Autónoma da Madeira desde Janeiro de 2009. Mais baixo só Maio de 2020, com 0,829%. Este ano, com tantas más notícias, neste particular dos custos de recurso ao crédito à habitação, só tem sido boas notícias, com uma média 0,886% desde o início de 2020. Nos primeiros 10 meses do ano passado, a média mensal era de 1,018%.

Aliás, a Madeira continua a apresentar uma taxa de juro implícita no conjunto dos contratos de crédito à habitação abaixo da média nacional, que foi 0,932% em Outubro (0,966% no mês anterior). No país, "nos contratos celebrados nos últimos três meses, a taxa de juro desceu de 0,966% em Setembro para 0,914% em Outubro", indica o Instituto Nacional de Estatística no indicador que é divulgado mensalmente.

"No mês em análise, o capital médio em dívida aumentou 161 euros, fixando-se em 54.645 euros. A prestação média subiu 1 euro para os 227 euros", diz o INE para a média nacional, enquanto que na Madeira o capital em dívida aumentou 89 euros face a Setembro, fixando-se nos 57.881 euros (há um ano era de 57.839 euros). A prestação média na Região subiu 2 euros para 231 euros, mas em Outubro de 2019 era de 271 euros.

Uma vez que a taxa de juro baixou, também os juros totais baixaram para 40 euros (menos 1 euro que em Setembro e menos 8 do que há um ano), enquanto que o capital amortizado subiu 3 euros para 191, quando no ano passado era de 223 euros.

Refira-se ainda que na última década o capital em dívida dos madeirenses que recorreram ao crédito à habitação tem diminuído significativamente, sobretudo a diferença que antes tinha a realidade regional para a média nacional e, inclusive, a média dos Açores. Em Janeiro de 2009, comparado com Outubro de 2020 há uma redução média de 11.266 euros no capital em dívida, reduzindo para 3.211 euros a diferença para com a média nacional (há uma década era de mais 14.554 euros). Face aos devedores açorianos é mais do dobro da média nacional (7.270 euros), quando há uma década a diferença era de 17.294 euros.

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