Madeira

“Formação dos docentes tem de ser capaz de enfrentar desafios (digitais)”

Madeira vai representar o país em estudo europeu sobre digitalização da educação

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Professor de geografia na Escola Básica dos 2.º e 3.º Ciclos Dr. Eduardo Brazão de Castro, no Funchal, Marco Melo está agradado com a notícia de que a Madeira é a região escolhida para representar o país num estudo da Comissão Europeia sobre a digitalização da educação, o ‘SELFIE4TEACHERS’, como o DIÁRIO conta na edição impressa desta segunda-feira.

Depois de, nos últimos meses, os professores terem sido obrigados a dar um salto tecnológico inesperado, seja ministrando aulas à distância, como a lidar com novos programas e ferramentas electrónicas com o objectivo de disponibilizar um ambiente de aprendizagem saudável para os estudantes em época de confinamento, a Região foi o local eleito por ter demonstrado uma evolução positiva nesta adaptação, de acordo com o que explicou ao DIÁRIO Margarida Lucas, docente na Universidade de Aveiro e responsável por este trabalho.

Daí que o professor Marco Melo sublinhe que “a escolha da Madeira para a participação no estudo piloto ´SELFIE4TEACHERS’ da União na área da educação é relevante” e “reconhece que a transição digital está a acontecer e vai permitir melhorar a prática dos docentes”.

O docente, que também já deu aulas numa das escolas mais isoladas da Região, a do Curral das Freiras, aponta que “a Madeira tem dado passos seguros para a modernização digital nas escolas (tablets e criação de espaços inovadores de aprendizagem)”, sem esquecer que “a formação dos docentes tem de ser capaz de acompanhar estes desafios”. É que, considera o professor de geografia, a nova ferramenta “permite aos docentes descobrir de que forma utilizam as tecnologias digitais”, contribuindo para o aprimoramento das suas práticas, facto indispensável num mundo em que os alunos estão cada vez mais familiarizados com as novas tecnologias: “Os docentes têm de acompanhar esta revolução no sentido de proporcionarem contextos de aprendizagem inovadores que complementem o actual sistema de ensino”, releva.

Além disso, Marco Melo defende ainda que, estando no epicentro do estudo, a Região pode aproveitar esta eleição para quebrar fronteiras e aprender sempre mais: “Para partilhar experiências com outros países e assim enriquecer o nosso processo de ensino, aprendizagem e as nossas escolas para um processo de transição digital na Europa”.

Saiba mais na sua edição impressa de hoje. 

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