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Grécia entra na terceira semana de confinamento com recorde de óbitos

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Foto EPA

A Grécia iniciou hoje a sua terceira semana de confinamento nacional sem saber se a medida, anunciada até dia 30, será prolongada, perante o registo do mais elevado número de mortes por covid-19 num só dia.

A Organização Nacional de Saúde Pública anunciou, sábado à tarde, o registo de 108 mortes por covid-19, o que eleva o total de óbitos desde o início da pandemia na Grécia para os 1.527.

A comunicação social grega afirma, contudo, que o número divulgado apenas inclui os óbitos até às 15:00 de sábado e que, só nas oito horas seguintes, se registaram mais 70 mortes devido ao novo coronavírus.

Segundo os dados mais recentes, a Grécia também ultrapassou de novo o seu recorde de número de pacientes ligados a um ventilador, 522, elevando a pressão sobre os serviços públicos de saúde.

A segunda vaga da pandemia está a ter efeitos mais graves no norte da Grécia, com 606 dos 2.311 novos casos de infeção a registarem-se em Salónica, a segunda maior cidade do país, onde as unidades de cuidados intensivos atingiram o limite, não aceitando novos pacientes.

A Grécia tem uma semana para aplanar a curva de contágios e poder sair do confinamento na data prevista, 30 de novembro.

Apesar de o Governo anunciar a intenção de um regresso gradual e faseado à normalidade, deixando para o final a abertura da restauração, vários especialistas afirmam que ainda é cedo para sair do confinamento.

Na prática, este segundo confinamento no país é parcial, pois, apesar do encerramento de todo o comércio não essencial, escolas e restauração, é permitida a circulação, mediante o envio de uma mensagem prévia solicitando autorização, para trabalhar, fazer compras, ir à farmácia ou praticar desporto, entre outras possibilidades.

A pandemia de covid-19 provocou pelo menos 1.373.381 mortos resultantes de mais de 57,5 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

Em Portugal, morreram 3.824 pessoas dos 255.970 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

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