Canalização e regularização do Ribeiro do trapiche arranca já no próximo ano
Está em causa uma obra de 2,2 milhões de euros em 600 metros de extensão
A obra, que vai ser realizada ao brigo da Lei de Meios, tem um prazo de execução de 15 meses
“Por vezes as pessoas não compreendem por que se gasta tanto dinheiro neste tipo de obras.” A constatação é do vice-presidente do Governo Regional e foi feita, nesta tarde, por ocasião da apresentação da obra de canalização e regularização do Ribeiro do trapiche, na freguesia de Santo António, no Funchal.
A falar no local da obra, Pedro Calado explicou que, devido às características orográficas da ilha da Madeira e ao tipo de construção, permitido ao longo de muitos anos, junto às linhas de água, encarecem bastante qualquer intervenção, que se faça. Para ter uma noção do que implica tais obras, o governante disse que, quando pronta, dentro de sensivelmente dois anos, uma visita ao local fará compreender bem a razão do custo.
Neste caso, estamos a falar de uma obra de aproximadamente 600 metros, que vai custar 2,2 milhões de euros. Vai contemplar muralhas com aproximadamente quatro metros de altura e a construção de acesso rodoviários, em dois sentidos, em toda a extensão da intervenção. Na parte Sul, a canalização e a estrada, vai até à estrada Comandante Camacho de Freitas.
Pedro Calado, que se fez acompanhar do governante com a pasta das Infra-estruturas, Pedro Fino, lembrou que aquela é uma obra há muito desejada pelas populações locais e que vai representar mais segurança e qualidade de vida.
A empreitada vai ser concretizada, ainda, ao abrigo da lei de Meios. O Governo regional conta lançar o concurso ainda neste ano, para que a obra tenha início no primeiro semestre de 2021. Se assim for, será possível concluí-la em 2022, pois tem um prazo de execução de 15 meses.
O Ribeiro do Trapiche foi dos mais afectados pela aluvião de 20 de Fevereiro de 2010.
Pedro Calado foi questionado sobre um outro assunto, em nada relacionado com o ribeiro, nomeadamente, se o governo vai fretar um avião para o transporte de estudantes do continente para a Região, na quadra natalícia. Como já o afirmou noutras circunstâncias, o vice-presidente voltou a dizer que não, desta vez não.