Manifestantes dizem que respostas públicas vão ter influência nas eleições de autárquicas de 2021 e legislativas de 2023 da Madeira
A pequena manifestação começou na Avenida Arriga e terminou na Zona Velha da cidade do Funchal
“Conforme essa resposta, que o Governo Regional e das autarquias tiverem em relação a este problema, será também influenciada a decisão de voto em 2021 para as autarquias e 2023 para as legislativas”
Foi anunciado como um movimento de apoio à restauração e hotelaria, mas o porta-voz da manifestação garante que não é só isso. Samuel Silva deixa, também, um apelo e um aviso: que as entidades públicas apoiem todo o sector e que a resposta, que for dada, terá influência nos resultados eleitorais de 2021 e de 2023.
“O movimento ‘Estamos convosco’ não é particularmente de apoio à restauração. Iniciou-se de forma a agregar o maior número de causas para com a Região, nomeadamente a restauração, transportes marítimos e aéreos, apoio à saúde e aos profissionais de saúde. Não é propriamente, apenas e só, para a restauração, mas para apoios para com todos os que merecem o apoio das redes sociais, da rua, do apelo.”
Samuel Silva diz ser “desolador, quando se passa pela baixa da cidade, pela Zona Velha. É desolador, é triste, é horrível ver os funcionários sem nada para fazer, com muitos empresários a pensar como é que vão pagar os ordenados no final do mês. Infelizmente muitos acabam por dispensar os funcionários, o que deve ser e é uma das decisões mais difíceis por parte dos empresários”.
Os manifestantes admitem voltar à acção, mas a outra hora. “Sem dúvida, noutra hora, porque, quando iniciámos este projecto, queríamos que fosse às 10 horas, para dar espaço aos empresários de podem sair das suas empresas, dos seus restaurantes, e virem ter connosco e apelar e falar. Mas como não pudemos fazer às 10 horas e sim ao meio-dia, (isso) prendeu esses mesmos funcionários, esses mesmos empresários nos estabelecimentos, a tentarem fazer um pouco de refeições do almoço.”
Samuel Silva diz que, acima de tudo, está em causa um apelo às várias entidades. “Ao fazermos isto, estamos a colocar não um ultimato, mas a pedir uma sensibilidade aos deputados, às autarquias, ao Governo Regional”.
Confrontado com a presença de apenas um partido (RIR), o organizador respondeu de forma indirecta. “Infelizmente temos de aguardar e pedir esses apoios, ao Governo Regional - as isenções, ajudas -, pedir às autarquias que ajudem e, essencialmente, que na Assembleia Legislativa da Madeira, se debata e se decida esses apoios, que terão de ser aplicados aos restaurantes e eventos, festivais, pessoas dos arraiais, DJ, discotecas e afins.”
“Conforme essa resposta, que o Governo Regional e das autarquias tiverem em relação a este problema, será também influenciada a decisão de voto em 2021 para as autarquias e 2023 para as legislativas”.
A manifestação começou por volta do meio-dia na Placa Central da Avenida Arriga, com cerca de uma dezena de pessoas. Depois, seguiu em direcção à Zona Velha da Cidade, onde terminou, contando, então, com quase 20 pessoas.