Governo insere causa animal no Orçamento da Região para 2021
Figura do provedor animal, construção de um crematório regional, campanha maciça de esterilização e um regulamento para a alimentação de animais na via pública, são alguns dos projectos do Executivo Madeirense
O Governo Regional aposta forte na protecção animal, através de um conjunto de intervenções, como a constituição do provedor do animal, uma campanha de esterilização maciça na Região, regulamento para alimentação de animais na via pública e a construção de um crematório regional para animais domésticos.
As medidas foram tornadas públicas este fim-de-semana por Pedro Calado durante uma visita à clínica veterinária ‘Auqmia’, onde o vice-presidente aproveitou para contactar com alguns dos membros das associações ‘Ajuda Alimentar a Cães’ e ‘Vamos Lá’.
Segundo o governante, o crematório para animais domésticos é um projecto que já está previsto no Orçamento da Região para o próximo ano estando o Governo Regional à procura de um terreno que seja adequado à instalação dessa infraestrutura, prevendo o arranque dos trabalhos “logo no início do próximo ano”.
No que ao provedor do animal diz respeito, “esta é uma entidade que ainda não existe na Região, nem a nível nacional, mas que o Governo Regional está empenhado em criar essa figura, uma entidade que será independente e autónoma e que irá trabalhar na defesa da causa animal, na segurança, na preservação e nos cuidados com os animais”, referiu o governante.
A par destas duas medidas, haverá ainda uma campanha de esterilização maciça que pretende controlar um problema na origem, envolvendo entidades privadas e associações. Trata-se, segundo Pedro Calado, de “uma forma de ajudar, também, as pessoas, na forma como lidam com os animais, porque sabemos que, actualmente, e sobretudo num período como este de pandemia, os animais acabam por ser uma companhia inestimável, um elo de ligação e fator de estabilidade emocional”.
Outra das novidades que o Governo Regional pretende introduzir é a criação de um regulamento para a alimentação de animais na via pública. “Há muitas pessoas que alimentam animais na via pública, isso é algo que ainda não está regulamentado, nem está definida a forma como deve ser feita essa alimentação”, referiu, salientando que o diploma pretende evitar atropelos à lei e dar “dignidade a quem ajuda e a quem quer ajudar os animais”.