Medidas extra do SESARAM só pecam por atraso dizem enfermeiros
Sindicato dos Enfermeiros da Madeira alertou há uma semana para necessidade de reforço no hospital e centros de saúde para combate ao aumento de covid-19
As novas medidas adoptadas pelo Serviço de Saúde da Região Autónoma da Madeira (SESARAM) no Hospital Dr. Nélio Mendonça e nos centros de saúde que fizeram manchete ontem no DIÁRIO vão ao encontro dos alertas deixados à tutela há cerca de uma semana pelo Sindicato dos Enfermeiros da Madeira, revelou ontem Juan Carvalho, referindo que as medidas só pecam porque deviam ter sido adoptadas ainda mais cedo.
O Sindicato na altura desse contacto referiu a necessidade de melhorar as condições de trabalho dos profissionais e de estadia dos utentes que aguardam os resultados no Serviço de Urgência e na área covid.
Quanto à preparação do serviço para uma fase seguinte, de transmissão comunitária activa, o presidente do Sindicato diz que aumento do número de casos de covid-19 era já previsível. “Com o andar do tempo e com a mudança de temperatura era de esperar que a situação se agravasse e o número de infecções aumentasse”. O SESARAM, afirmou, reage em função dos dados que tem disponíveis. Juan Carvalho defende que a atitude deveria ser a de antecipar. “No nosso ponto de vista reage tarde”.
O dirigente lamenta também que após a primeira vaga o dispositivo inicialmente montado tenha sido desmantelado por não ter sido necessário, tendo agora tenham de voltar a equipar e preparar para dar resposta à situação, que se está a agravar.
No entender do enfermeiro, o serviço está a trabalhar “e bem”, na preparação para esse esperado aumento do número de casos. Está a adoptar um “conjunto de procedimentos que só pecam pelo atraso”, referiu.