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Suíça vai reforçar apoio do exército a hospitais

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O Governo suíço anunciou hoje o aumento do apoio militar nos hospitais do país, saturados pela segunda vaga da covid-19, assim como assistência financeira a particulares, empresas e clubes desportivos afetados por dificuldades económicas.

O Exército poderá ser convocado para reforço até ao final de março, a fim de contribuir com a logística, rastreamento de contactos de casos positivos e para compensar a perda de pessoal em caso de contaminação.

"Com esta contribuição da proteção civil e do Exército, espero poder apoiar o nosso sistema de saúde no meio da tempestade e, assim, evitar sofrimento desnecessário", afirmou a ministra da Defesa, Viola Amherd, à imprensa.

O cantão de Genebra, o mais afetado do país, indicou hoje que os seus hospitais pediram essa ajuda depois de ver o número de pacientes multiplicar por 10 no espaço de um mês.

A Sociedade Suíça de Medicina Intensiva (SSMI) alertou na terça-feira que "as Unidades de Cuidados Intensivos (UCI) [do país] estavam no limite da sua capacidade normal de camas".

O número de pacientes de covid-19 em UCI no país passou de 148 para 543 na terça-feira, de acordo com o médico-chefe do Exército, Andreas Stettbacher.

A Suíça tem sido muito mais afetada pela segunda vaga do novo coronavírus do que pela primeira.

A Suíça registou hoje mais de 6.000 novas infeções e 84 mortes, elevando os números totais para 280.000 casos confirmados e 3.377 óbitos.

O país de 8,5 milhões de habitantes registou 10.000 casos diários várias vezes em novembro, mas várias medidas sanitárias, como o encerramento de restaurantes e algumas lojas em certas regiões, permitiram um certo declínio.

"Apesar da perspetiva um pouco mais otimista em relação à evolução da pandemia, a situação económica continua preocupante", apontou o ministro da Economia, Guy Parmelin, aos jornalistas.

O Governo anunciou que quer mais que duplicar um programa de ajuda a empresas em dificuldade para mil milhões de francos suíços (925 milhões de euros).

Além disso, o Executivo pediu ao Parlamento para aprovar mais benefícios laborais de curta duração e um aumento na ajuda e empréstimos sem juros para clubes desportivos, de forma a compensarem as perdas após a proibição, no mês passado, de partidas com público.

A pandemia de covid-19 provocou pelo menos 1.339.130 mortos resultantes de mais de 55,6 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

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