Iota faz nove mortos na América Central e passa a tempestade tropical
O Iota, que desceu da categoria furacão e passou a tempestade tropical, deixou hoje as Honduras e prosseguiu para El Salvador depois de ter provocado pelo menos nove mortos e graves danos na América Central, em especial na Nicarágua.
Na Nicarágua, onde foram contabilizadas pelo menos seis vítimas mortais, incluindo duas crianças, milhares de pessoas permanecem isoladas, sem água potável e eletricidade, por causa das condições meteorológicas extremas (chuvas intensas e ventos fortes) provocadas pela passagem do Iota.
As outras vítimas mortais contabilizadas até ao momento foram registadas no Panamá (um morto) e no arquipélago colombiano (duas mortes).
Apesar da tempestade tropical Iota já ter saído das Honduras, o país, em particular a região oeste, vai continuar a registar chuvas fortes.
"Esperamos que nas próximas horas, a tempestade tropical Iota deixe a América Central em direção ao Pacífico", afirmou Víctor Ortega, do departamento de previsões da Comissão Permanente de Contingências (Copeco) das Honduras, antevendo, no entanto, que em algumas zonas do território hondurenho os níveis de precipitação poderão alcançar os 200 milímetros.
Às 06:00 horas locais (12:00 hora em Lisboa), a tempestade tropical Iota regista ventos de 55 quilómetros por hora.
A tempestade tropical Iota, que na segunda-feira entrou na Nicarágua como furacão de categoria 5 (o nível máximo na escala de Saffir-Simpson), atingiu na terça-feira as Honduras com ventos entre os 80 e os 90 quilómetros por hora, tendo prosseguido posteriormente em direção a El Salvador.
A passagem da intempérie provocou a subida do nível das águas de rios, inundações, bloqueio de estradas e pontes, derrube de árvores e de postos de eletricidade, entre outros danos.
Esta intempérie surge depois do furacão Eta, um furacão de categoria 4 que atingiu a América Central na primeira semana de novembro, que provocou danos graves na Nicarágua, Honduras e Guatemala.
No caso concreto das Honduras, os dois fenómenos meteorológicos (Eta e Iota) afetaram mais de três milhões de pessoas, segundo os registos da Copeco.
De acordo com analistas locais, estão igualmente contabilizados cerca de 100.000 desalojados.
Ao nível dos prejuízos materiais e económicos, que não foram ainda quantificados oficialmente, as previsões apontam para mais de três mil milhões de dólares (cerca de 2,5 mil milhões de euros) em prejuízos.