"Equilíbrio entre a defesa da saúde pública e os interesses económicos e sociais" é grande desafio para Calado
O vice-presidente do Governo Regional falava no seminário ‘Promover a dignidade – Garantir a igualdade – O contributo dos Fundos Comunitários para a Promoção da Igualdade de Oportunidades’
“Hoje a grande luta que nós temos enquanto governação é fazer o equilíbrio entre a defesa da saúde pública e também a defesa dos interesses económicos e sociais, sobretudo fazer com que o cidadão mantenha a sua mantenha a sua qualidade de vida”.
Palavras de Pedro Calado na sua intervenção, manhã, Pedro Calado, no seminário ‘Promover a dignidade – Garantir a igualdade – O contributo dos Fundos Comunitários para a Promoção da Igualdade de Oportunidades’, uma iniciativa conjunta entre o Instituto de Desenvolvimento Regional (IDR) e a Direcção Regional dos Assuntos Sociais.
Atendendo ao actual contexto pandémico, o vice-presidente do Governo Regional da Madeira, reconhece que “fazer esta conjugação de factores não é nada fácil”. “Temos de preservar a saúde pública, mas temos de fazer com que os cidadãos respeitem a dignidade de todos os outros que com eles vivem em sociedade e, ao mesmo tempo, fazer uma luta intransigente daquilo que é o crescimento económico e a preservação dos postos de trabalho”, observa.
O governante salienta também o papel fundamental dos apoios comunitários na concretização destes objectivos, nomeadamente no que respeita às verbas para o Quadro Financeiro Plurianual 2021-2027:
“Espero e quero acreditar que estas indefinições que estamos a viver no contexto de definição de apoios que vão ser dados no próximo quadro comunitário 2021/2027 não atrapalhem o trabalho que foi desenvolvido até ao dia de hoje”.
“Um dos princípios que move, sobretudo quando estamos na política de defesa intransigente das verbas comunitárias que temos estado a defender para o Quadro Financeiro Plurianual 2021-2027 e para todas as políticas comunitárias, é fazer com que a desigualdade entre países e regiões seja cada vez mais reduzida”, insistiu Calado, realçando a condição da Madeira enquanto região ultraperiférica.
“Aquilo que nós queremos com ajuda do IDR, sobretudo com a promoção e defesa destes fundos comunitários, é continuar a construir uma sociedade mais justa, igualitária, fraterna, solidária para com todos aqueles que contribuem para o desenvolvimento económico; fazer com que a sobrevivência do homem seja feita com princípios e dignidade”.
“A luta contra a pobreza”, “contra a marginalização das pessoas” e a “promoção da inclusão social, económica e política” são de resto as prioridades enunciados pelo vice-presidente do Governo Regional. E, neste sentido, assegura que o executivo irá “continuar a definir uma política fiscal que seja condizente com o que a protecção social assim exige”.
Pedro Calado fez também questão de frisar que falar em dignidade não é o mesmo que “uma esmola”.
“É bom ajudar materialmente, é bom ajudar socialmente, mas também é bom fazer com que o cidadão se sinta inserido dentro de uma sociedade para a qual tem os seus deveres e as suas responsabilidades”.
Enalteceu ainda o desenvolvimento económico e social que a Região teve nas últimas décadas:
“O melhor exemplo para falarmos em dignidade humana naquilo que nós – os sucessivos governo regionais – fizemos aqui na Região, aproveitando também o enquadrem-no dos fundos comunitários, é olhar para o desenvolvimento económico e social que a Região teve nos últimos 40/45 anos. (...) Quando se desenvolveram infraestruturas, quando se desenvolveram acessibilidades, quando desenvolvemos a igualdade de oportunidades entre todos os cidadãos… Há 40 anos muitos dos nossos cidadãos nem acesso às escolas tinham; não tinham acesso à saúde, não tinham acesso a um programa de inclusão social".