Primeiro aluno da Madeira infectado com Covid-19 já recuperou
Neste momento são 18 os casos de infecção entre alunos
O primeiro aluno das escolas da Região infectado com Covid-19 já recuperou da doença, tendo retomado, nos últimos dias, as suas actividades lectivas presenciais.
A confirmação foi avançada ao DIÁRIO por Rosário Brazão, membro do Conselho Executivo da Escola Básica dos 1.º, 2.º e 3.º Ciclos com Pré-escolar Bartolomeu Perestrelo, estabelecimento de ensino que, a 18 de Outubro, registava aquele que seria o primeiro caso de Covid-19 na comunidade escolar da Região.
A docente adiantou que, até ao momento, não se registaram mais casos nesta escola, tendo, desde então, sido redobrados os cuidados com a higienização dos espaço, reforçando a vigilância para o cumprimento, por parte de todos os alunos, funcionários e professores, das medidas profiláticas recomendadas pelas autoridades de saúde, nomeadamente o uso da máscara, a higienização das mãos e a etiqueta respiratória.
Neste momento são já 18 casos de infecção pelo novo coronavírus confirmados em alunos das escolas da Madeira, dos diferentes ciclos de ensino. A estes números juntam-se os 4 docentes que também testaram positivo para a Covid-19. A maioria destes casos foram diagnosticados no decorrer deste mês de Novembro.
Pese embora os números se tenham multiplicado nos últimos dias, associados, em parte, ao aumento da transmissão local, Maurício Melim, responsável pela Unidade de Emergência de Saúde Pública, referia ao DIÁRIO, na passada quinta feira que “até ao presente momento [quinta-feira, dia 12 de Novembro], não existe uma única transmissão em ambiente escolar”.
O especialista em saúde pública dava conta de que:
Alguns professores, alunos e trabalhadores têm contraído a infecção em ambiente familiar/social e quando essas situações são identificadas os próprios comunicam à sua Escola que activam os seus planos de contingência. Tem acontecido muitas vezes que os referidos elementos da comunidade escolar, não têm testado positivo, mas existe alguém próximo no agregado familiar que tem resultado do teste COVID 19 positivo e os professores, alunos ou trabalhadores das escolas ficam em isolamento profiláctico, por serem contactos de alto risco de exposição. Esta situação que acabo de referir tem levado muitas vezes a falsas interpretações, ou seja, passa-se a ideia de que estas pessoas são positivas por estarem em confinamento, quando na realidade são contactos de alto risco de exposição, mas sem terem o teste positivo. Maurício Melim, responsável pela Unidade de Emergência de Saúde Pública
Na mesma altura, o médico adiantava que “se houver uma elevada propagação do vírus em ambiente escolar, em empresas, em ERPI/estrutura residencial para idosos, e em eventos, ou seja, se ocorrerem muitos surtos, existe a probabilidade de termos transmissão comunitária activa, o que felizmente ainda não aconteceu”.