Só sei aquilo que sei!
Considero que a Evidência e a Lógica são complementos muito importantes na Medicina e no Diagnóstico Médico
Outro dia assisti a uma entrevista sobre o covid-19 com o amigo e colega, António Vaz Carneiro - Director do Centro de Estudos de Medicina Baseada na Evidência - a qual me provocou algumas reações epidérmicas, pela simplicidade habitual nos seus comentários, sobre a actual situação sanitária portuguesa, devida á propagação exponencial do vírus. No desenrolar da entrevista entre vários comentários, referiu existirem milhares de trabalhos e publicações mundiais ácerca do covid-19, as quais considerava, na sua maioria, não possuírem qualidade ou aceitação científica. Referiu também ser comum entre os pacientes infectados pelo vírus, 85% não apresentarem sintomas e assim nem saberem que foram portadores da doença ...porque nunca foram instruídos para fazer um teste PCR, mesmo aleatório.
Considero que a Evidência e a Lógica são complementos muito importantes na Medicina e no Diagnóstico Médico ... para saber o que é ... saber como tratar com todas as certezas e/ou garantias.
Deste modo: - apesar de haver muitas regras, recomendações e decisões - concerteza com justificação técnica - sobre o modo de evitar e combater a progressão da doença;
- apesar de haver muitas teorias sobre o contexto desta virose, que têm sido alteradas pelas frequentes e sistemáticas mutações do próprio vírus;
- apesar de haver informação técnica, diária, contínua, esclarecendo e relatando os factos, afixando muitos números: dos mortos - não referenciando as idades e diagnósticos de co-morbilidades existentes - dos infectados, comprovando o seu estadio actual, até á recuperação;
- apesar de não existirem limites em termos de segurança ... e de ser possível fazer sempre mais;
- apesar de tudo isto, sinto que devo apresentar uma “rassegna” sobre o mais importante a fixar, para neutralizar os efeitos nefastos da doença e evitar muitos dissabores.
Não sendo possível avaliar as capacidades inactas das nossas defesas orgânicas individuais, podemos considerar com segurança, que algumas patologias, diminuem obrigatóriamente a nossa competência para enfrentar e lutar contra novos agentes patogénicos externos. Refiro em particular ás patologias pulmonares, provocadas pelo consumo contínuo de tabaco, pelas doenças inflamatórias crónicas, como a asma brônquica ou similares, mas também, as doenças auto-imunes, e as doenças vasculares, todas elas debilitando necessáriamente as nossas defesas e nossa proteção essencial.
Entre os tais 15% de pacientes - que apresentam sintomatologia - destaco os sinais e sintomas desta doença, assim esquematizados: os iniciais, numa 1ª fase - tosse seca ou irritativa, dores na garganta, mialgias e cefaleias; numa 2ª fase - cansaço injustificado, febre > ou = 38 graus, persistência das cefaleias, perda do olfacto e/ou do paladar, diarreia, irritações da pele, mais raramente, conjuntivite; numa 3ª fase - cansaço extremo, persistência ou > febre, dificuldades respiratórias intensas, com dispneia e dores torácicas. É mandatório estar em contacto com as linhas de apoio, em particular na 2ª fase, antes do início da 3ª, quando existir um real agravamento dos sintomas. Fazer sempre exercício físico diário - uma simples marcha - pelo facto de ele servir como uma referência quanto ao seu estado geral. Assim, deste modo, constatando um cansaço anormal, será um sinal de alarme para fazer um contacto de apoio. Aqueles que permanecem no sofá á frente da televisão e porventura também sejam fumadores, terão mais dificuldades em sentir que estão doentes ... porque os sinais e os sintomas passam despercebidos. Tudo o resto são as recomendações genéricas essenciais, igual ao que está estabelecido ... sem a utopia em pretender esterilizar o universo ... mas sempre com a obrigação de respeitar o seu semelhante. Se eu lavar as mãos, estou a me proteger e aos outros também. Relembrando a correcta escolha e utilização das máscaras, declaro que, os meus direitos acabam exactamente onde começam os seus! Certo?
Com uma assumida excepção de alguns adeptos dum partido de esquerda, que considera o uso de máscara um atentado ás liberdades e garantias ... como se a saúde tivesse alguma coisa a ver com a política. No entanto, se algum deles porventura tiver de ser operado ao apêndice, desejará que no bloco operatório, os médicos e toda a equipa cirúrgica esteja equipada com máscara! E mais não sei!