Costa diz que "esforço" no combate à pandemia "tem luz ao fundo do túnel"
O primeiro-ministro sublinhou hoje o "esforço" que o país tem vindo a fazer no combate ao novo coronavírus e que tem agora "uma luz ao fundo do túnel", que será "no próximo ano" uma vacina contra a covid-19.
António Costa, que discursava em Vila Verde, distrito de Braga, durante uma cerimónia de assinatura de um protocolo com 10 Misericórdias, reconheceu que as medidas de combate ao novo coronavírus "são duras", mas também "são essenciais".
"Este [o confinamento do fim de semana] é um esforço que tem uma luz ao fundo do túnel, não sabemos ainda a extensão do túnel. Se é por meses, ou se é por um ano. Sabemos, seguramente, que durante o próximo ano, hoje todas as entidades oficias já o reconhecem, teremos disponível uma vacina para enfrentar este covid", afirmou.
António Costa afirmou que todos querem "acreditar que a ciência vai ser capaz de disponibilizar e a indústria de produzir uma vacina efetivamente eficaz".
De manhã, no Porto, o primeiro-ministro já tinha elogiado o comportamento dos portugueses no cumprimento das regras de confinamento do fim de semana, voltando a falar do tema para reconhecer a dificuldade de seguir aquela decisão.
"As medidas são duras e perturbam a nossa vida, mas são essências para travar o crescimento desta pandemia", reiterou.
Portugal contabiliza pelo menos 3.472 mortos associados à covid-19 em 225.672 casos confirmados de infeção, segundo o último boletim da Direção-Geral da Saúde (DGS).
O país está em estado de emergência desde 09 de novembro e até 23 de novembro, período durante o qual há recolher obrigatório nos concelhos de risco de contágio mais elevado e municípios vizinhos. A medida abrange 191 concelhos.
Durante a semana, o recolher obrigatório tem de ser respeitado entre as 23:00 e as 05:00, enquanto nos fins de semana a circulação está limitada entre as 13:00 de sábado e as 05:00 de domingo e entre as 13:00 de domingo e as 05:00 de segunda-feira.
A pandemia de covid-19 já provocou mais de 1,3 milhões de mortos no mundo desde dezembro do ano passado, incluindo 3.472 em Portugal.