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Procurador-Geral criticado por mandar investigar alegada fraude eleitoral

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Os procuradores de 23 estados norte-americanos criticaram hoje o Procurador-Geral dos Estados Unidos, William Barr, por lhes ter ordenado que investigassem supostas irregularidades nas presidenciais, considerando que a decisão foi uma interferência no processo eleitoral.

Numa carta conjunta dirigida a William Barr, os procuradores estaduais sublinham "o papel importante do departamento de Justiça dos Estados Unidos em casos de investigação a fraude eleitoral", no entanto, dizem-se preocupados com uma possível interferência política no processo.

O Procurador-Geral dos Estados Unidos autorizou, na segunda-feira, investigações por "alegações substanciais" de irregularidades na contagem dos boletins de voto, antes da certificação das presidenciais de 03 de novembro, apesar da falta de provas de fraude.

A decisão de William Barr surgiu dois dias depois de o candidato democrata, Joe Biden, ter derrotado o atual Presidente norte-americano e candidato republicano, Donald Trump, e aumentou as suspeitas de que o Departamento da Justiça iria ser utsao para tentar impugnar o resultado eleitoral.

O memorando enviado por Barr aos procuradores, ao qual a Associated Press (AP) teve acesso, diz que investigações "poderão ser conduzidas se houver alegações claras e aparentemente credíveis de irregularidades que, a serem verdade, poderão impactar o resultado da eleição" ao nível federal num determinado estado.

Os estados têm até 08 de dezembro para resolver as disputas eleitorais, incluindo as recontagens e contestações judiciais.

Os membros do colégio eleitoral encontram-se em 14 de dezembro para finalizar o processo.

De acordo com uma projeção dos principais órgãos de comunicação social norte-americanos, Joe Biden vence as eleições presidenciais com 306 votos no Colégio Eleitoral, contra 232 do republicano Donald Trump.

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