Governo holandês proíbe fogos-de-artifício no Ano Novo para aliviar hospitais
O Governo holandês anunciou hoje a proibição da venda e uso da maioria dos fogos-de-artifício para aliviar a carga dos hospitais, que estão lotados com pacientes de covid-19.
A véspera de Ano Novo nos Países Baixos é tradicionalmente celebrada com fogos-de-artifício, com muitos a celebrarem a entrada no novo ano com esse tipo de festejos, que podem também ser observados em cidades que acolhem espetáculos com milhares de espetadores.
No entanto, é também um dos dias mais movimentados do ano para os hospitais tratarem de pessoas feridas em consequência da pirotecnia, sendo que no ano passado 1.300 pessoas foram a um hospital ou a um médico com ferimentos causados por fogos-de-artifício, relacionados com as comemorações do Ano Novo.
A proibição do Governo holandês visa aliviar a carga dos hospitais que já estão lotados com pacientes com covid-19.
"Na primavera, todos nós aplaudimos os profissionais de saúde. Na próxima véspera de Ano Novo, ajudamos os nossos socorristas ao não lançar fogos-de-artifício", afirmou o ministro das Infraestruturas e Água, Stientje van Veldhoven.
O Governo anunciou um plano de compensação de 40 milhões de euros para vendedores de fogo-de-artifício, de forma a ajudar a cobrir o custo do armazenamento de 'stock' não vendido.
Apenas os fogos-de-artifício mais leves, como as faíscas de mão, serão permitidos.
Até agora, nos Países Baixos registaram-se 430.453 contágios de covid-19 e 8.304 mortes.
A pandemia de covid-19 provocou pelo menos 1.294.539 mortos em mais de 52,7 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
Em Portugal, morreram 3.250 pessoas dos 204.664 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.