Mais de 300 desempregados em formação na Escola Agrícola da Madeira
“Enquanto muitos sectores estiveram confinados a agricultura nunca confinou” destaca Humberto Vasconcelos
Mais de 300 desempregados por causa da pandemia estão a ter formação na Escola Agrícola da Madeira. Procuram neste sector que nunca confinou, encontrar a alternativa de trabalho e de sustento.
Numa altura em que “muitas pessoas estão a divergir para a actividade agrícola”, o secretário regional de Agricultura destaca os “cerca de 325 formandos que estão no desemprego” e que agora recebem “formação através da Escola Agrícola da Madeira em várias áreas”, revelou hoje à margem da visita à Quinta da Saraiva, um empreendimento de agroturismo em Câmara de Lobos, composto por 13 quartos e uma exploração agrícola, com cerca de 5.000 m2, com culturas de vinha tinta negra e de bananeiras.
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“Estamos a incentivar que alguns deles (desempregados) também se possam estabelecer como empresários agrícolas e fazer o seu próprio negócio nos terrenos que por vezes têm em sua propriedade ou através do aluguer de terrenos, aproveitando este período pandémico para incentivar” aqueles manifestam interesse em encontrar alternativa no sector primário.
Humberto Vasconcelos lembra que a agricultura também proporciona “diferentes áreas de negócio. Depende da zona onde pretende investir e onde o terreno se situa”, observa.
Para ajudar o governo criou uma “unidade de aceleração de negócios agrícolas para acompanhar o investidor desde o início da ideia até a concretização do projecto” de modo a agilizar todos os processos em serviços do Governo Regional, ou seja, mais um mecanismo ao dispor dos novos empresários agrícolas que visa “acompanhar e aconselhar em prol do sucesso do investimento”.
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Apesar da crise económica decorrente da pandemia da covid-19, o secretário com a tutela da agricultura é da opinião que os agricultores na Região “tem-se adaptados bem a esta nova fase”. Inclusive aqueles que foram obrigados a produzir “um pouco menos porque desapareceu o mercado turístico”, mas em contrapartida “tem aumentado os produtos com qualidade”.
No caso dos agricultores que forneciam a hotelaria, Humberto Vasconcelos destaca a capacidade que tiveram em reinventar-se.
“Os agricultores que tinham um determinado canal foram alterando os seus canais de comercialização e outros também diminuíram as suas produções adaptando-se [a colheitas com maior] consumo actual”. Para o governante esta capacidade mostra a força e a importância da agricultura no dia-a-dia de qualquer cidadão. Associada a esta condição há outra grande virtude: “Enquanto muitos sectores estiveram confinados a agricultura nunca confinou” destaca.
De resto, reforçou a importância que o próprio Governo Regional dá aos produtos agrícolas regionais ao sublinhar que o novo concurso para as refeições nas escolas públicas “já majora” às empresas concorrentes “com 20 % a introdução de produtos agrícolas regionais.”