Candidato presidencial João Ferreira pede reforço da solidariedade nacional para com a Madeira
Redução de rendimentos dos trabalhadores e das famílias é "muito preocupante" na Região
João Ferreira está na Madeira, onde permanece até domingo, em acções de pré-campanha para as eleições para a Presidência da República
O candidato presidencial João Ferreira, que é apoiado pelo PCP, defende um reforço da solidariedade nacional para com as Regiões Autónomas, nomeadamente para com a Madeira.
João Ferreira, que falava aos jornalistas, após ao encontro desta manhã com a USAM, no Funchal, disse que a autonomia regional, consagrada na Constituição da República, “além de corresponder a um sentimento das populações, tem um potencial de contributo para o desenvolvimento económico e social destas regiões (autónomas), que está, em larga medida, desaproveitado”.
Por isso, entende, “era importante aproveitar mais plenamente esse potencial”. Mas, isso passa pela solidariedade de Lisboa, mais ainda no contexto actual. “Na situação especial, que estamos a viver, torna-se necessário encarar o reforço da solidariedade no plano nacional. É evidente que uma região como a RAM, com indicadores no plano social e económico, que são preocupantes, exige uma mobilização de solidariedade no plano nacional, para responder às dificuldades”.
O candidato a Presidente da República havia acabado de se inteirar da visão dos sindicalistas madeirenses da USAM, exactamente na área social e económica. E o que ouviu deixou-o preocupado. “Saio com preocupação. O quadro traçado é muito problemático do ponto de vista social, com número de despedimentos muito significativo, com situações de diminuição de rendimentos de trabalhadores e famílias, com utilização abusiva de alguns mecanismos, como o ‘lay off’ e outros ataques a direitos dos trabalhadores.”
São situações semelhantes a outros locais do País, mas “aqui agravadas pela fortíssima dependência do turismo”.
Por isso, defende, há que “exigir respostas, que não estão a ser dadas, nomeadamente no plano da protecção social”. É preciso evitar despedimentos, a diminuição de rendimentos, “assegurar rendimentos das famílias, por via do mercado interno, suster trambolhão maior da economia”.
“Ou a intervenção do Estado se alinha com necessidades dos trabalhadores, famílias, da população do País e da Região; ou a intervenção se concentra na criação de maiores dificuldades e agravamento. Estamos a ver insuficiências de respostas.”
Depois da reunião, desta manhã, com a USAM, nesta tarde, João Ferreira reúne-se com o Representante da República, com o Presidente da Assembleia Legislativa da Madeira e com a Reitoria da Universidade da Madeira.