GR prepara apoios aos custos fixos das empresas
O Governo Regional está a preparar novos apoios financeiros às empresas, orientados para os custos fixos que estas têm, para fazer face à pandemia. A forma de actuação dos novos instrumentos está a ser finalizada e será apresentada em breve, avançou ao DIÁRIO o secretário regional da Economia, na manhã desta sexta-feira.
“Estamos numa segunda fase a preparar o que será anunciado em breve, instrumentos de apoio aos custos fixos. Ou seja, para as empresas que têm vindo a revelar quebras mais significativas, que estão a vender menos – como os governos não têm como compensar a perda das vendas por ser uma situação que advém do mercado e da diminuição da procura – vamos é apoiar através de instrumentos de apoio ao custeio dos custos fixos”.
Quer isto dizer que o executivo se prepara para “suportar parte dos custos fixos, compensando a quebra da facturação e permitindo que as empresas possam resistir enquanto decorrer esta situação”, assegurou Rui Barreto.
Os novos apoios serão, assim, utilizados para ajudar ao pagamento de salários, da TSU, de comunicações, da electricidade, da água, da vigilância, entre outros: “Custos que pesam muito sobre as empresas e que, com a quebra da facturação, a pressão sobre esses custos aumenta significativamente”.
Rui Barreto reagia, assim, aos dados avançados pela edição impressa do DIÁRIO desta sexta-feira e que dão conta de que, segundo o ‘Barómetro Informa D&B’, o número de empresas que nasceu na Região em Outubro deste ano (90) representa um aumento de 38,4% face ao mês anterior e de 11,1% comparativamente a igual período do ano passado: “Revela dados positivos no que toca à RAM no todo nacional, na criação de novas empresas, mas também nos encerramentos e nas insolvências. Ou seja, a Madeira está sempre acima do restante território nacional, seja na criação de empresas, onde se registaram mais, mas também nos encerramentos onde se registaram menos comparativamente com Janeiro/Outubro do ano passado, assim como as insolvências”, disse o governante.
Apontando que este resultado é satisfatório na actual conjuntura, Rui Barreto lembrou que os apoios concedidos desde o início da pandemia: “O Governo já apoiou em diversos programas e incentivos, 160 milhões de euros para a economia, que representa cerca de 3,2% do PIB, e que tem permitido contribuir para a manutenção de 26 mil postos de trabalho. Numa primeira fase, a nossa prioridade foi criar instrumentos combinados com o layoff, de apoio à tesouraria. A Invest RAM foi a primeira linha nacional a fundo perdido, um produto desenhado para as características da economia regional e que se tem revelado, de facto, apropriada”.
Para Rui Barreto, os dados agora divulgados pelo ‘Barómetro Informa D&B’ são “positivos” e uma confirmação de que o executivo não “deve baixar os braços”. Daí que o executivo esteja a preparar novos instrumentos, quer já para o final desde ano, como para o início de 2021: “Um conjunto de apoios muito musculado para apoiar as empresas até ao limite e até ao desanuviar desta situação - que esperemos que seja breve com a descoberta da vacina”.
De referir que, desde o início do ano, no acumulado dos dez meses, o número de criação de empresas sofreu uma quebra. Saiba mais na edição impressa do DIÁRIO.
Andreia Dias Ferro , 13 Novembro 2020 - 07:00