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Brasil regista mais de 900 mortes por Covid-19 em 24 horas

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O Brasil ultrapassou hoje a barreira das 164 mil mortes (164.281) devido à covid-19, após terem sido contabilizados 908 óbitos no último boletim epidemiológico do Ministério da Saúde.

Em relação ao número de infeções, foram diagnosticadas 33.207 nas últimas 24 horas, num total de 5.781.582 casos confirmados.

O aumento de casos e mortos deu-se após a tutela da Saúde ter conseguido restabelecer a monitorização dos dados da doença em todos os estados do país, após uma falha técnica que se arrastava desde a semana passada.

Contudo, de acordo com o executivo, ainda não há dados totais sobre os óbitos que se encontram sob investigação, devido a uma eventual relação com o novo coronavírus.

Geograficamente, São Paulo (1.156.652), Minas Gerais (376.537), Bahia (369.259) e Rio de Janeiro (322.383) são os estados brasileiros com maior número de infeções.

Já a lista de unidades federativas com mais mortes é liderada por São Paulo (40.202), Rio de Janeiro (21.090), Ceará (9.430) e Minas Gerais (9.259).

Por outro lado, um consórcio formado pela imprensa brasileira, que colabora na recolha de informações junto das secretarias de Saúde estaduais, anunciou que o país somou 926 vítimas mortais e 34.640 casos confirmados nas últimas 24 horas, totalizando 5.783.647 infeções e 164.332 óbitos.

O presidente da Pfizer no Brasil, Carlos Murillo, afirmou hoje que a potencial vacina contra a covid-19 desenvolvida pela farmacêutica pode estar disponível no país sul-americano no primeiro trimestre de 2021.

"Ainda estamos a trabalhar fortemente com o Governo brasileiro para tentar acelerar a disponibilidade o mais rápido possível. Tenho esperança de que no primeiro trimestre do próximo ano poderíamos estar contando com essa vacina disponível no Brasil", disse Murillo durante a participação virtual num evento da Academia Nacional de Medicina, sobre prováveis cenários de vacinação contra a covid-19.

A farmacêutica norte-americana Pfizer e a empresa alemã de biotecnologia BioNTech revelaram na segunda-feira que a vacina que desenvolveram contra o coronavírus mostrou uma eficácia superior a 90%.

Em comunicado, a farmacêutica indicou hoje que "o pedido de aprovação do registo no Brasil dependerá da submissão de dados de eficácia de segurança", sem, no entanto, revelar datas.

O imunizante em causa necessita de um armazenamento a temperaturas de -75 graus celsius, o que poderia comprometer o seu uso no país sul-americano.

Contudo, segundo Carlos Murillo, já foi apresentada ao executivo brasileiro uma embalagem especial, com gelo seco, capaz de manter o imunizante na temperatura correta durante 15 dias.

"Em relação ao preço da potencial vacina, trabalhamos com uma abordagem de preços diferenciados, o que ajuda a garantir a equidade de modo que todos os países possam ter acesso à nossa vacina contra a covid-19. Os países com a menor capacidade de pagar pela vacina pagarão um preço mais baixo de acordo com os recursos do seu Governo, enquanto os países que podem pagar mais deverão fazê-lo", acrescentou a Pfizer em comunicado.

A pandemia de covid-19 provocou pelo menos 1.285.160 mortos em mais de 52,1 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

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