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Diz-me com quem andas…

Sempre dissemos que o PSD não tem ideologia e muito menos a ideologia que o seu nome indica

Lá diz o povo: “ diz-me com que andas, dir-te-ei quem és”. Vem isto a propósito do que fez o PSD/Açores e o que quer fazer o PSD/Madeira: Uma coligação ou um acordo com um partido xenófobo, racista, fascista de extrema direita radical que quer castrar os pedófilos, expulsar os ciganos, a prisão perpétua, etc…e que quer fazer uma revisão da constituição para dar forma legal às suas ideias. Claro que estamos a falar da extrema direita em Portugal, o chega que convidou toda a extrema direita e fascistas, da Europa para estar presente no seu congresso.

O PSD/Açores queria ser poder e que o fosse com o CDS, o PPM e a IL, vá lá que não vá, mas a extrema direita é que nos parece mal, mas não chegavam lá se não fosse o Chega. Sempre dissemos que o PSD não tem ideologia e muito menos a ideologia que o seu nome indica.

O PSD, inicialmente Partido Popular Democrático, foi fundado por Francisco Sá Carneiro, que tinha sido deputado da ala Liberal da Ação Nacional Popular de Marcelo Caetano e depois do 25 de abril, deu um passo à esquerda e fundou um partido de ideologia Social Democrata, mas com um nome “popularacho”. Depois de tentar inscrever o seu partido na Internacional Socialista sem conseguir os seus intentos, resolveu mudar o nome do partido para Social Democrata, com os mesmos atores, e mesmo assim não conseguiu porque já lá estava o Partido Socialista. Com esta insistência de Sá Carneiro, poderíamos pensar que ele era mesmo Social Democrata, mas com o andar da carruagem foi ocupando a faixa da direita, ao mesmo tempo que empurrava o CDS que lá estava para a berma, CDS que se dizia Centrista e Democrata Cristão e mais tarde popular, pois tinha sido admitido no Partido Popular Europeu, onde mais tarde o PSD também teve as abertas. Aliás, isto foi a consagração de um Partido, dito, Social Democrata, de direita, quando toda a Social Democracia Europeia e da Internacional Socialista, sempre foi de esquerda.

André Ventura, militante do Partido (dito) Social democrata, seu candidato nas ultimas eleições à Camara Municipal de Sintra, decidiu fundar um partido que dá pelo nome de chega, de extrema direita. Roubou muitos militantes e simpatizantes ao PSD e ao CDS e conseguiu ser eleito deputado à Assembleia da República, onde tem feito intervenções a defender a xenofobia, o fascismo o sexismo, a prisão perpétua, a castração química dos pedófilos e com o seu populismo vai conseguindo ganhar simpatias eleitorais. Isto veio mais uma vez demonstrar que o PSD era mais um saco de gatos,de diferentes raças, onde a ideologia nunca contou e muito menos aquela que deveria ser a sua matriz.

Miguel Albuquerque chega-se ao chega, anuncia uma aliança com ele, pois cheira-lhe que o CDS está a perder eleitorado e chega está a ganhar simpatizantes. Resumindo, no próximo ato eleitoral o Presidente do Governo Regional prevê que os seus votos mais os do CDS não serão suficientes para formar governo e assim já tenta acautelar mais uns deputados. Ora se Miguel Albuquerque, Rui Rio ou o líder do PSD/Açores, um tal Bolieiro (ou qualquer coisa parecida), fossem Sociais Democratas nunca pisariam o risco vermelho fazendo acordos com um partido antidemocrático, anti Constituição, fascista, xenófobo e racista, mesmo que isso lhes desse o direito a governar. Quem não sente uma ideologia como o bater do coração, qualquer coisa lhe serve. O mesmo direi do CDS e da IL, que considero partidos democráticos, por subscreverem o mesmo acordo na Região Autónoma do Açores. Também não entendo a posição do Representante da República nos Açores que não convidou primeiramente o partido mais votado, a exemplo do que aconteceu na República, em Lisboa, como manda a Constituição.

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