França mantém confinamento "inalterado" nas próximas duas semanas
O primeiro-ministro, Jean Castex, afirmou hoje que o confinamento em França vai continuar nos próximos 15 dias, mantendo-se abertos apenas os comércios considerados essenciais, e que o pico desta vaga deve ser atingido já no início da próxima semana.
"Decidimos manter inalteradas, nos próximos 15 dias, pelo menos, as regras do confinamento", anunciou hoje à tarde Jean Castex durante uma conferência de imprensa em que fez o ponto de situação da evolução da pandemia em França.
Assim, o confinamento vai manter-se no país até pelo menos dia 01 de dezembro, altura em que o Governo fará uma nova avaliação da progressão da covid-19. O teletrabalho é encorajado, mantém-se a obrigatoriedade de apresentar uma justificação válida para sair de casa e apenas estão abertos os comércios alimentares.
Jean Castex estimou que o pico da pandemia nesta nova vaga deve acontecer na próxima semana, caso os franceses continuem a respeitar as regras sanitárias em vigor.
"Eu tenho conhecimento da angústia dos comerciantes que querem trabalhar e estão muito inquietos por quererem reabrir antes da época de festas. Queremos que isso aconteça, mas ainda não é o momento", acrescentou o primeiro-ministro.
Caso a situação melhore no país, onde já morreram mais de 42.500 pessoas devido ao vírus (10 mil nos últimos dois meses), o primeiro-ministro avisou que restaurantes, bares e ginásios devem continuar fechados ao público mesmo após dia 01 de dezembro.
O Governo prevê apoios "maciços" aos negócios prejudicados pela covid-19, assim como o prolongamento do sistema de desemprego parcial, em que o Estado francês cobre 84% do salário dos trabalhadores dispensados das suas funções devido ao impacto do vírus.
De forma a progressão do vírus entre os mais jovens, o protocolo sanitário dos liceus vai ser reforçado, sendo possível agora que os alunos façam 50% das aulas e atividades em casa.
Ainda segundo o primeiro-ministro, a cada 30 segundos há um novo internamento devido à covid-19 em França e todos os três minutos há um novo paciente que dá entrada num serviço de cuidados intensivos.