Consumo de combustíveis na Madeira cai 19% nos primeiros nove meses
Os dois principais , gasóleo simples e 'gasolina 95' baixaram 18% e 25,5%, respectivamente, face ao período homólogo de 2019
O consumo de combustíveis na Região Autónoma da Madeira nos primeiros nove meses de 2020, sobretudo os principais, gasóleo e gasolina, atingiu os 91 milhões de litros, registando uma quebra de 19% face ao mesmo período do ano passado, revela hoje a Direcção Regional de Estatística tendo por base os dados fornecidos pela Alfândega do Funchal.
"Nos primeiros nove meses de 2020 foram introduzidos 65,9 milhões de litros de gasóleo, -18,0% do que no período homólogo", afirma a DREM. "No que se refere às gasolinas, observou-se que a de 95 octanas apresentou uma diminuição homóloga de 25,5%, enquanto a de 98 octanas registou uma descida de 8,8%. Entre Janeiro e Setembro de 2020, as quantidades introduzidas de gasolina de 95 e de 98 octanas foram de 18,4 e 6,6 milhões de litros".
No entanto, "reduzindo o âmbito da análise ao 3.º trimestre de 2020, observa-se que neste período, a introdução no consumo dos principais combustíveis (gasóleo e gasolina) rondou os 34,3 milhões, valor inferior ao do período homólogo em 13,4%", diz a autoridade estatística, o que vem também confirmar uma ligeira recuperação perante as perdas registadas nos primeiros dois trimestres, sobretudo no 2.º trimestre deste ano que coincidiu com o maior período de confinamento e quase total paralisação da economia e redução drástica da circulação de pessoas e automóveis.
"Neste trimestre passado (Julho, Agosto e Setembro), a procura de gasóleo rodoviário foi de 24,4 milhões de litros (-13,2% face ao mesmo trimestre de 2019). Nas gasolinas, observou-se que a de 95 octanas apresentou uma diminuição de 19,0%, em comparação com o mesmo período do ano anterior, enquanto na gasolina de 98 octanas, o valor da introdução ao consumo foi superior ao do período homólogo em 3,4%, contabilizando-se nos meses de Julho a setembro de 2020 introduções no consumo de 7,2 e 2,7 milhões de litros, respetivamente", confirma essa percepção.
Gás natural a crescer
Já no caso do gás propano e butano, "a introdução no consumo no período em referência rondou as 7,2 e 4,2 mil toneladas, respetivamente, enquanto no gás natural, a quantidade introduzida foi de 18,0 mil toneladas, +5,3% que no período homólogo", afirma.
Por sua vez, no 3.º trimestre de 2020, "a quantidade introduzida de gás propano e butano rondou, pela mesma ordem, as 2,1 e 0,8 mil toneladas enquanto no gás natural, a quantidade introduzida foi de 6,4 mil toneladas (+15,6% que no trimestre anterior)", reforça.
Média dos preços a subir agora
Por fim, revela a DREM, no 3.º trimestre de 2020, "o preço médio do gasóleo rodoviário fixou-se em 1,127€, inferior ao registado no período homólogo (1,248€) e superior ao trimestre anterior (1,106€)", enquanto que "no caso da gasolina de 95 octanas, o preço médio foi de 1,360€, abaixo do verificado no período correspondente do ano precedente (1,490€) e acima do observado no 2.º trimestre de 2020 (1,301€)", conclui.
Refira-se que já no 1.º trimestre de 2020, a introdução no consumo dos principais combustíveis tinha diminuído 5,5% face ao período homólogo, o que não era nada de assinalável, mas já influenciado pelo 'meio mês' de Março em paralisação devido à pandemia de covid-19.
Mas foi no 2.º trimestre, entre Abril e Junho, que "a introdução no consumo dos principais combustíveis (gasóleo e gasolina) rondou os 23,4 milhões de litros – o volume mais baixo na série disponível que tem início no 1.º trimestre de 2008 – valor inferior ao do período homólogo em 37,7%", sendo que na altura o gasóleo rodoviário consumido tinha sido de 17,5 milhões de litros (-35,3%), a gasolina de 95 octanas e a gasolina de 98 octanas tinham sido de 4,2 e 1,7 milhões de litros, para quebras de -48,5% e -27,7%, respectivamente.