A 'Terra tremeu' nas escolas da Região
Os ponteiros do relógio batiam nas 11h05 quando a Autoridade Nacional de Protecção Civil (ANPC) arrancou o 'A Terra Treme', um exercício de simulacro de sismo que aconteceu na última quinta-feira. Na Madeira, as escolas foram o local escolhido para alertar para o risco sísmico e para a importância de comportamentos simples que podem salvar vidas.
O simulacro envolveu 75 escolas da Região, públicas e privadas, num total de 14.048 alunos de vários níveis de ensino que treinaram comportamentos em caso de sismo, ao longo de um minuto. Dentro dos edifícios ficavam alguns participantes que deviam seguir instruções de segurança, como 'baixar, proteger e aguardar'. Os alunos que estavam na rua ficaram a saber que ali devem permanecer se a 'terra tremer', evitando entrar em edifícios, e procurando um local amplo sem risco de queda de estruturas, árvores e outros.
"Depois do forte abalo sísmico do ano passado na Região, este exercício
reveste-se de uma importância acrescida, estando os participantes ainda mais
sensíveis e motivados para a sua execução. Foi também relembrado que muitas
zonas do globo são propensas a sismos e que Portugal é um território com zonas
particularmente sensíveis a este risco, nomeadamente a zona de Lisboa – a
segunda cidade europeia com o maior risco sísmico. Como referiu um técnico
da Proteção Civil, «só se poderão salvar vidas se a população estiver
sensibilizada e treinada para estes eventos»", escreve a SRE em comunicado enviado para as redacções, esta terça-feira.
A iniciativa foi dinamizada na Região através do projecto 'Educação para a Segurança e Prevenção de Riscos', desencadeado pela Secretaria Regional de Educação, Ciência e Tecnologia e pelo Serviço Regional de Protecção Civil. O projecto dedica-se às questões de cidadania associadas aos riscos naturais e tecnológicos "e em que os docentes com o cargo de delegados de segurança têm um papel fundamental na promoção de uma crescente cultura de segurança na comunidade escolar", explica ainda SRE.