Número de vacinas administradas na RAM aumentou em 2019
Em 2019 - segundo informação disponibilizada pelo Instituto de Administração da Saúde e Assuntos Sociais (IASaúde) e divulgada pela Direcção Regional de Estatística da Madeira (DREM) - foram administradas 105.864 vacinas a residentes na Região Autónoma da Madeira, "o que representa um ligeiro aumento de 0,8% face a 2018 (105.014 vacinas)".
"No âmbito do Plano Regional de Vacinação (PRV) administraram-se 57.539 vacinas, mais 1,8% que em 2018 (56 516). No modo Extra PRV, estas ascenderam a 48.325, decrescendo 0,4% comparativamente ao ano anterior (48 498)", revela a mesma fonte.
Note-se que, em 2019, as vacinas PN 23 (Vacina polissacárida de 23 valências contra infecções por Streptococcus penumoniae) e MenB (Vacina contra doença invasiva por Neisseria meningitidis do grupo B) passaram a ser recomendadas para grupos de risco.
No esquema recomendado, em 2019, o IASaúde salienta que "a cobertura vacinal na RAM em indivíduos que completaram 1 ano de idade oscilou entre os 13,9% (vacina contra a tuberculose, recomendada desde 2016 apenas a grupos de risco) e os 99,0%".
Verificou-se ainda que, "neste grupo etário, a cobertura da vacina contra a tuberculose aumentou 3,3 pontos percentuais (p.p.) relativamente a 2018 e a vacina contra a Hepatite B (terceiras inoculações) 0,2 p.p."
"Para as restantes vacinas assistiu-se a uma diminuição da cobertura vacinal face ao ano anterior", apontam as estatísticas.
Já nos indivíduos que completaram 2 anos de idade, de realçar "as vacinas cuja cobertura evoluiu de forma positiva", como sejam: "a vacina conjugada contra infeções por Streptococcus pneumoniae de 13 serotipos (terceiras inoculações), que apresentou uma cobertura de 97,9% (97,2% em 2018) e a vacina contra a doença invasiva por Neisseria meningitidis C (dose única), que registou uma cobertura de 98,6% (98,5% em 2018). Na cobertura das restantes vacinas a indivíduos deste grupo etário foram observados em 2019 valores inferiores aos do ano precedente, sendo a quebra mais expressiva (0,8 p.p.) nas vacinas contra a difteria e contra o tétano (quartas inoculações), com taxas de 97,3%".
Nas crianças que completaram 6 anos de idade, "assistiu-se a uma diminuição da cobertura em todos os tipos de vacina administradas, sendo esta mais expressiva (2,1 p.p.) na cobertura da vacina contra a parotidite epidémica (segundas inoculações), passando de 97,2% em 2018, para 95,1% em 2019".
De acordo com os mesmos dados, nos indivíduos que completaram 11 anos de idade, "a vacina contra infeções por vírus do papiloma humano (segundas inoculações) foi a única a registar um aumento da cobertura em 2019, passando de 82,9% em 2018, para 87,7% em 2019 (4,8 p.p.), atingindo neste último ano um valor já superior à percentagem a partir da qual se obtém imunidade de grupo (85%)".
De realçar ainda que, neste grupo etário, "a cobertura da vacina contra o tétano (sextas inoculações), de 91,1%, continua inferior à percentagem a partir da qual se obtém imunidade de grupo (95%)".
Por fim, verificou-se que os restantes grupos etários, "encontram-se em situações semelhantes (coberturas inferiores a 95%) os indivíduos que completaram 6 anos de idade, relativamente às vacinas contra a difteria, tétano, tosse convulsa e para a vacina inativada injetável contra a poliomielite".