Segundo dados da Iberinform, entidade especializada da espanhola Crédito y Caución, o número de empresas insolventes em Portugal no final do mês passado atingiu os 3.877, um aumento de 424 face aos primeiros nove meses de 2019, traduzindo-se numa variação de +12,3%.

No caso da Madeira, registaram-se 101 processos de insolvência, mais 21 do que de Janeiro a Setembro do ano passado. Significa uma variação que é mais do dobro da média nacional, ainda assim, inferior a pelo menos outras quatro regiões, nomeadamente Castelo Branco (+56,4%), Angra do Heroísmo (+46,2%), Faro (+39,7%) e Viana do Castelo (+39,2%).

Atrás da Madeira estão Évora (+23,3%) e Beja (+20%), sendo certo que a diminuir apenas as regiões da Horta (-33,3%), Coimbra (-19,8%), Guarda (-15,2%), Aveiro (-0,3%) e Vila Real (0,0%). As duas principais regiões do país em termos de insolvências, Lisboa e Porto, registaram respectivamente +18,5% e +12,9%.

Em termos de insolvências, as 101 na Madeira superam as de outras 12 regiões, quando há um ano com 80 insolvências seram mais do que outras 11.

"A par do decréscimo de insolvências, é também em Lisboa e no Porto que mais nascem novas empresas, ainda que não sejam atingidos valores de anos anteriores . Em Lisboa contamos com mais 8.664 empresas (-31,5%) e no Porto com 5.005 empresas (-28%)", frisa a entidade.

"Tal como tem ocorrido nos últimos meses, todos os distritos apresentam um decréscimo", acrescenta, sendo que a Madeira, com -31,1%, figura no grupo dos mais significativos em termos variação. Aliás apenas Setúbal tem uma variação negativa superior, -33,4%. Também aqui a Madeira tem quebra acima da média nacional (-26,7%), que registou 27.900 empresas criadas contra 38.079 até Setembro de 2019.

Em termos concretos, até Setembro foram criadas 584 empresas na Madeira, contra 848 no mesmo período de 2019. O ano passado terminou com 1.082 empresas criadas na RAM, um crescimento ligeiramente superior aos 1.075 de 2018.