Madeira

A rusga selectiva

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Boa noite!

Quatro das 11 autarquias da Região foram alvo de buscas por parte da PJ, investigação que, pelo que se sabe até agora, apenas contemplou as câmaras lideradas por socialistas.

A rusga selectiva a um ano das eleições autárquicas levanta questões pertinentes, tanto mais que é desencadeada por denúncias anónimas, porventura sedentas de ajustes de contas ou com outra motivação política à mistura, mesmo que seja elementar tirar a limpo, de forma célere e clara, nas Câmaras, mas também no Governo, aspectos ligados à sempre polémica e suspeita contratação pública e à eterna desconfiança em torno do financiamento dos partidos.

A Procuradoria-Geral da República confirmou ao DIÁRIO que as buscas estão relacionadas com um inquérito dirigido pelo DIAP de Lisboa e que são investigados “eventuais crimes de participação económica em negócio, corrupção activa, corrupção passiva, tráfico de influências e abuso de poder”. E que, para já, “não houve lugar à constituição de arguidos", logo, alguns julgamentos precoces têm tanto de singular como a apressada justificação daqueles que já se demarcaram das denúncias efectuadas.

Como o inquérito está em segredo de justiça, a margem de manobra para o comentário é limitada. Contudo, se como conta a revista Sábado, o crime deriva dos preços alegadamente inflacionados pagos pelas autarquias a alguns intermediários para contratar artistas para actuarem nos concelhos, então a procissão patrocinada pelo 'saco azul' ainda vai no adro.  Resta esperar que passe por todas as capelinhas, investigando expedientes que animam esta ilha sempre em festa, entretida com arraiais e festivais, favores e louvores.

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