Madeira

700 Famílias regressadas da Venezuela aguardam por habitação

O “número muito significativo” que engrossa a extensa lista de espera (perto de 5 mil candidaturas) foi revelado pelo presidente da IHM

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O regresso massivo das famílias vindas da Venezuela “engrossou e aumentou e muito o número de candidatos na IHM” revelou esta tarde Bruno Pereira, o presidente da IHM  – Investimentos Habitacionais da Madeira, EPERAM, à margem da sessão de encerramento das acções de formação sobre Ambiente e Segurança, no âmbito Projecto Integrado de Reabilitação do Bairro da Palmeira, em Câmara de Lobos.

“São à volta de 700 famílias que estão inscritas, número muito significativo”, admitiu. No final do mês de Julho, quando foi apresentada a Estratégia Regional para a Habitação, haviam 4.846 candidaturas activas aos apoios habitacionais de famílias residentes em todos os concelhos da Região.

No caso específico dos luso-descendentes, Bruno Pereira lembra o protocolo ‘Porta de Entrada’ assinado para esse efeito entre os governos da República e Regional, através do IHRU – Instituto da Habitação e da Reabilitação Urbana, e a IHM, para deixar claro que para estes migrantes a responsabilidade de implementar a política no domínio do apoio à habitação destas famílias tem vindo a ser suportada pelo Governo Central “embora não tão rápido como nós queríamos”, apontou.

Deu conta que “o Governo da República está a acabar uma empreitada na Freguesia de Água de Pena” para atribuir “mais algumas casas” que espera possa ocorrer “no futuro próximo”. Ainda assim “espera que a capacidade de resposta seja maior” por que as casas a entregar em Água de Pena “significam nem 10 % do total das famílias inscritas da Venezuela”.

Uma realidade que Bruno Pereira teme venha a aumentar com o desemprego motivado pela pandemia da covid.

“A lista de espera e as inscrições na IHM poderão aumentar”

A resposta da IHM diz estar na Estratégia Regional para a Habitação, apresentada este Verão, programa que “abrirá um novo ciclo de investimentos” onde já “a partir do próximo ano teremos com certeza mais meios financeiros para fazer mais construção, aquisição de apartamentos”, não apenas para encurtar o tempo de resposta, mas também ajudar a “resolver os problemas mais urgentes em termos de habitação”, concretizou.

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