Seis dezenas de emigrantes chegaram no voo humanitário com protestos a Lisboa
Já estão na Madeira boa parte dos emigrantes madeirenses que regressaram naquele que foi o terceiro voo humanitário e de repatriamento operado pela da TAP (TP9359) proveniente de Caracas, capital da Venezuela.
A bordo do Amadeo de Souza Cardoso, um Airbus 320 (TP 1687) das cores da transportadora portuguesa, viajavam seis dezenas de cidadãos que desembarcaram eram 19h34 no Aeroporto Cristiano Ronaldo.
À espera do contingente estava o director regional das Comunidades e da Cooperação Externa, Rui Abreu, que fez questão de receber os conterrâneos depois de uma longa ponte área que teve em Lisboa uma espera de 12 horas para conseguir um voo para a Madeira.
Ao DIÁRIO o governante disse ter estado por breves minutos com estes passageiros transmitido-lhes uma palavra de conforto e esperança mas também pedindo-lhes que aguardem serenamente em casa pelo resultado do teste à covid-19 na medida em que a maioria chegou sem o respectivo exame, ainda que alguns tivessem feito em Lisboa durante o dia de hoje a um custo de 100 euros cada, o que motivou muitos protestos até porque chegaram sem resultado, logo tiveram de efectuar outro, mas, desta vez, gratuito.
Gabriel Reis não calava a revolta. Ao DIÁRIO disse ter ficado “4 horas numa fila para fazer teste. Isso não pode ser”, reclamava este munícipe da Boaventura, que disse ter assistido conterrâneos pagarem muito mais que ele: “Vi uma família de quatro pessoas pagar 400 euros para nada, porque tiveram de fazer cá porque não lhes deram os resultados”, denunciava à chegada.