Joe Biden diz que "forças das trevas" estão a tentar dividir americanos
O candidato democrata às presidenciais nos Estados Unidos, Joe Biden, criticou hoje as "forças das trevas" que estão a tentar separar os norte-americanos, sem, no entanto, apontar o dedo ao rival republicano e atual Presidente, Donald Trump.
"Não há lugar para o ódio" nos Estados Unidos da América (EUA), vincou o ex-vice-presidente norte-americano, durante uma ação de campanha em Gettysburg, na Pensilvânia, citado pela agência France-Presse (AFP).
O candidato democrata às eleições presidenciais de 03 de novembro acrescentou que "as forças das trevas, as forças da divisão" estão a separar a população, impedindo os EUA "de ascender e seguir em frente".
Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou hoje a suspensão, até às presidenciais de 03 de novembro, das negociações com os democratas do pacote de estímulo económico do país, destinado a responder aos efeitos da pandemia.
Pelosi acrescentou que esta decisão demonstra que, "obviamente, a Casa Branca está uma bagunça".
"Instruí os meus representantes para interromperem as negociações até depois das eleições quando, imediatamente após a minha vitória, aprovaremos a principal lei de estímulo que se focará nos [norte]-americanos trabalhadores e nos pequenos negócios", escreveu o chefe de Estado norte-americano na rede social Twitter.
Trump adiantou que pediu ao líder do Senado, o republicano Mitch McConnell, para trabalhar "a tempo inteiro" na aprovação da nomeada de Trump para o Supremo Tribunal dos Estados Unidos, a magistrada Amy Coney Barrett.
"A nossa economia está muito bem. A mercado bolsista está em níveis recorde, empregos e o desemprego também estão a recuperar em números recorde. Estamos a líder a nível mundial na recuperação económica, o melhor ainda está para vir", finalizou o Presidente norte-americano e recandidato ao cargo.
Ainda hoje, o presidente da Reserva Federal (Fed), Jerome Powell, disse que o apoio financeiro desta instituição e do Governo impulsionaram uma recuperação sólida da recessão provocada pela pandemia da doença provocada pelo novo coronavírus, no entanto, o processo poderá falhar se não houver apoios adicionais.
As declarações de Trump surgem na mesma altura em que a líder da Câmara dos Representantes, a democrata Nancy Pelosi, discute com o Secretário do Tesouro, Steven Mnuchin, as linhas do pacote que servirá de estímulo à economia norte-americana.
O Presidente dos Estados Unidos anunciou no final de setembro a escolha da juíza Amy Coney Barrett para substituir no Supremo Tribunal norte-americano Ruth Bader Ginsburg, que morreu no mesmo mês.
Juíza do Tribunal de Recurso do 7.º Circuito, em Chicago, devota católica que trabalhou com o antigo juiz conservador Antonin Scalia, Barrett mostrou-se "profundamente honrada" pela confiança demonstrada por Trump.
Barrett terá feito parte da lista de possíveis nomeados em 2018, quando Trump escolheu Brett Kavanaugh para substituir Anthony Kennedy.
Com 48 anos, caso seja confirmada, Barrett será a juíza mais jovem do Supremo Tribunal dos Estados Unidos, no qual os nove elementos podem permanecer de forma vitalícia.
Herdeira ideológica do falecido juiz conservador Antonin Scalia, Barrett está assim indicada para ocupar o lugar deixado vago pela morte de Ruth Bader Ginsberg, em 18 de setembro último, e operar o desequilíbrio ideológico mais profundo no Supremo norte-americano desde que há três décadas Clarence Thomas, nomeado por George H. Bush em 1990, substituiu Thurgood Marshall, o "senhor Direitos Civis", que tinha sido nomeado pelo Presidente democrata Lyndon Johnson em 1967.