A aquacultura na Madeira é “monitorizada” e “serve de exemplo nacional”
O chefe de divisão de aquicultura marinha da Direcção Regional do Mar, Carlos Andrade, garantiu, na conferência do ciclo “Pensar o Futuro” que o DIÁRIO promoveu esta tarde na Gare Marítima da Madeira, que a aquacultura no nosso arquipélago é feita desde o início da década de 1990 com “equilíbrio” e “tem sido monitorizada” e que por isso mesmo “começamos agora a servir de exemplo nesta área para o desenvolvimento desta actividade a nível nacional”.
Este responsável público reconheceu que “delapidámos completamente os recursos marinhos” mas sublinhou que “apesar da aquacultura se servir de parte desses recursos na área da alimentação, ela tem sido monitorizada”. “São utilizadas pescarias que têm alguma forma de monitorização para que haja uma exploração sustentável”, acrescentou Carlos Andrade, que destacou também o “esforço de investigação muito forte” feito na Região, numa “aposta clara de tornar visível esse conhecimento com projectos-piloto que pudessem servir de exemplo aos empresários e com isso tentar alavancar a aquacultura através do investimento privado”.
Convidado pelo moderador da conferência, o director do DIÁRIO Ricardo Miguel Oliveira, a explicar as críticas feitas à aquacultura, o chefe de divisão disse: “A contestação é algo da natureza humana. Pouca actividade humana, particularmente nas áreas económicas, não tem alguma forma de contestação. Particularmente se essas actividades forem novas, elas são sempre olhadas com certa desconfiança inicial e como mais um jogador em campo. Também não é diferente do que se passou noutras áreas”.