Deputado madeirense na África do Sul diz que o mercado turístico no país "está em apuros"
O deputado de origem madeirense que integra as fileiras da Aliança Democrática (AD) no parlamento sul-africano, Manny de Freitas, diz que o cancelamento com efeito imediato dos principais voos da Emirates para a África do Sul advém como resultado directo da "gestão confusa do governo nacional" no que toca à reabertura das fronteiras do país, nomeadamente em viagens de lazer e num momento em que o turismo "está em apuros".
Manny de Freitas referiu que "os regulamentos publicados pelo Departamento de Governança Cooperativa e Assuntos Tradicionais (COGTA), que exigem que a tripulação da companhia aérea siga o mesmo protocolo de saúde dos passageiros na chegada à África do Sul, são completamente ilógicos".
"Essa regulamentação sem sentido é mais um prego no caixão do turismo sul-africano nas mãos de um governo indiferente, completamente fora de contacto com a necessidade urgente de recuperação económica, depois que um bloqueio desnecessariamente longo do coronavírus que devastou a nossa economia”, mencionou.
O deputado adverte que a AD irá escrever ao Ministro do Turismo da África do Sul, Mmamoloko Kubayi-Ngubane, solicitando uma explicação urgente sobre como o seu departamento, em cooperação com a COGTA, planeia esclarecer estes regulamentos para salvar a "enferma indústria turística".
Também é relatado que, embora os passageiros estejam a chegar à África do Sul com um teste covid-19 negativo há menos de 72 horas, conforme solicitado pela regulamentação governamental, os mesmos ainda estão sendo impedidos de entrar nos aeroportos. Na sexta-feira, 2 de outubro de 2020, uma companhia aérea internacional, neste caso a Lufthansa, terá sido impedida de aterrar no Aeroporto Internacional Oliver Tambo por não cumprir a exigência de visto, quando esta exigência aparentemente não existe.
As informações fornecidas ao DA indicam que praticamente todas as companhias aéreas estão a suspender voos para a África do Sul no meio da confusão crescente relacionada com as viagens internacionais. O governo federal alemão até notou essa confusão no seu site de alerta de viagens.
Em jeito de conclusão, Manny de Freitas reitera que “a má gestão completa e absoluta do ANC num sector económico tão crucial tornou a África do Sul mais uma vez motivo de chacota no mundo das viagens".
"Colocou em perigo o sustento de milhões de sul-africanos. As regulamentações em torno das viagens internacionais e do turismo devem ser esclarecidas com urgência se quisermos proteger uma indústria da qual dependem inúmeros empregos numa economia que está em frangalhos”, atirou.