OMS pede que se investiguem animais e produtos congelados
O Comité de Emergência da Organização Mundial de Saúde (OMS) para a covid-19 recomendou hoje aos estados membros que investiguem e divulguem a presença do vírus em animais e outras fontes como produtos congelados.
De acordo com as conclusões de uma reunião do Comité, hoje divulgadas, os especialistas pediram aos países para conduzirem "investigação e partilhar informação sobre a transmissão, incluindo o papel dos aerossóis; presença e potencial impacto" da covid-19 "nas populações animais; e potenciais fontes de contaminação (tais como produtos congelados); para mitigar potenciais riscos através de medidas preventivas e cooperação internacional".
Os resultados da quinta reunião do Comité, convocada pelo diretor-geral, foram hoje divulgados na página oficial da OMS, tendo os especialistas, segundo o relatório da reunião, concluído que a pandemia "ainda constitui um acontecimento extraordinário" e "um risco de saúde pública", que é uma "emergência de saúde pública" e que continua a exigir "uma resposta internacional coordenada".
De acordo com o documento, o Comité pede ainda aos estados para que continuem a reforçar a capacidade nas fronteiras para "gerir potenciais riscos de transmissão transfronteiriça e para facilitar a localização de contactos internacionais".
E que revejam com regularidade as medidas aplicadas às viagens internacionais.
O Comité de Emergência pede também aos países que tenham em conta o financiamento e os recursos humanos necessários dos serviços de saúde essenciais, e que reforcem os sistemas de saúde, "para lidar com os impactos da pandemia, surtos de doenças simultâneas, e outras emergências".
Nas mais de uma dezena de recomendações está ainda a de que os países membros da OMS devem evitar a politização da pandemia.
O Comité volta a reunir-se dentro de três meses.
A pandemia de covid-19 já provocou mais de 1,1 milhões de mortos e mais de 45,1 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
Em Portugal, morreram 2.468 pessoas dos 137.272 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.