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França propõe-se a ajudar Turquia e Grécia após sismo

Putin envia condolências

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Foto EPA

A França propôs-se hoje prestar assistência a Atenas e Ancara após o forte sismo que assolou o oeste da Turquia, enquanto o Presidente russo, Vladimir Putin, endereçou condolências ao homólogo turco, Recep Erdogan, pelas vítimas do terramoto.

Na rede social Twitter, o secretário de Estado para os Assuntos Europeus francês, Clément Beaune, manifestou "plena solidariedade" aos dois países afetados pelo abalo, que atingiu 7,0 na escala de Richter, e disponibilizou a "ajuda que for necessária" da França para ajudar a Grécia e a Turquia.

"Já falei com o Governo grego para disponibilizar esse apoio, acrescentou Beaune, numa declaração que surge em plena crise entre Paris e Ancara sobre questões religiosas, diplomáticas e políticas e em que nada adiantou sobre uma eventual conversa com responsáveis turcos.

Na passada segunda-feira, Erdogan apelou à população turca a boicotar os produtos franceses à venda no país, dias depois de o Governo francês ter mandado regressar o seu embaixador em Ancara, após o chefe de Estado da Turquia quer posto em causa a "saúde mental" do seu homólogo de França, Emmanuel Macron.

Por outro lado, a Turquia lamentou que Macron tenha defendido a liberdade de caricaturar numa homenagem a Samuel Paty, um professor francês que foi decapitado a 16 deste mês por um russo-checheno radicalizado depois de o docente ter mostrado caricaturas do profeta Maomé num curso sobre liberdade de expressão.

Em Moscovo, e citado pelos serviços de imprensa do Kremlin, Putin expressou hoje condolências a Erdogan pelas vítimas do sismo que atingiu particularmente a cidade de Esmirna (inicialmente deu-se conta de pelo menos seis mortes e 250 feridos), que também sofreu importantes danos materiais.

"Receba as minhas condolências pela perda de vidas humanas e pelos graves danos provocados pelo potente terramoto na província de Izmir", lê-se na mensagem, em que Putin pede também a Erdogan que transmita as mesmas palavras ao povo turco e, em particular, aos familiares das vítimas.

Para já, do lado turco, há o registo de 14 mortes e mais de 400 feridos, mas aguarda-se que o número de vítimas seja superior, com os serviços de socorro a procurarem eventuais vítimas entre os escombros de pelo menos 17 edifícios mais afetados.

O tremor de terra, com epicentro no mar Egeu, abalou hoje o oeste da Turquia, provocando a destruição de dezenas de edifícios em vários bairros da cidade de Esmirna, a terceira maior da Turquia.

O sismo, que foi sentido em Istambul e Atenas e causou um pequeno 'tsunami', ocorreu pouco antes das 12:00 GMT no Mar Egeu, a sudoeste de Izmir e perto da ilha grega de Samos.

A magnitude do sismo foi avaliada em 7 na escala de Richter pelo Serviço Geológico dos Estados Unidos e em 6,8 pelo centro sismológico turco Kandilli.

Na Turquia, de acordo com a agência governamental de Gestão de Emergências e Desastres (AFAD), 12 pessoas morreram, incluindo uma por afogamento, e 419 ficaram feridas.

Na Grécia, dois adolescentes morreram na ilha de Samos devido ao desabamento de um muro, segundo a televisão estatal Ert e quatro pessoas ficaram feridas.

O sismo desencadeou um pequeno 'tsunami' que inundou as ruas de Seferihisar, uma cidade turca próxima do epicentro, e varreu a costa de Samos.

Porém, é a costa turca do mar Egeu, densamente povoada, que foi mais atingida, com as equipas de resgate numa corrida contra o tempo para tentar encontrar sobreviventes nos escombros.

De acordo com as equipas de resgate turcas, as buscas por sobreviventes continuarão em 17 edifícios desabados ou severamente danificados.

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