Continua a ser preciso alertar para o cancro da mama
"Continua a ser preciso alertar sobre o cancro da mama, mais do que nunca, mais do que nunca", começou por dizer ao DIÁRIO o director do núcleo regional da Madeira da Liga Portuguesa Contra o Cancro, esta sexta-feira, Dia Nacional de Luta Contra o Cancro da Mama.
Ricardo Sousa vê o copo meio cheio e lembra que é preciso olhar para lá do aumento do número de cancros porque a "medicina está a funcionar e consegue detectar os casos cada vez mais cedo. É por isso que em Portugal, neste momento, estima-se cerca de 350 mil sobreviventes ao cancro, que conseguiram vencer e continuar a sua vida". E é a história de duas sobreviventes a esta doença que o DIÁRIO também traz, aliás, na edição impressa desta sexta-feira.
O DIÁRIO também dá conta do trabalho de uma investigadora, Sara Câmara, que está a avançar com descobertas sobre a doença na Madeira, como o maior risco de cancro na zona Este, sobretudo em Machico, Caniçal, Camacha-Rochão e Faial: "Temos apostado na investigação através da bolsa Rubina Barros, em conjunto com o DIÁRIO de Notícias. O ano passado a dra. Sara Câmara, que foi nossa bolseira, investigou o cancro da mama hereditário e estamos à espera de resultados. Não é um trabalho que se consiga fazer num ano, vamos esperar pacientemente. Mas espero que dentro em breve tenhamos dados para que possamos saber onde apostar mais", disse Ricardo Sousa.
A Liga faz um trabalho de formiguinha que a maioria das pessoas não consegue ver. Desde investigação, à gratuitidade das consultas de psicologia, à entrega de dois soutiens, de próteses para as mulheres que tiram a mama, a cabeleiras até 250 euros. Para toda a gente. É um trabalho diário, constante, que vive de donativos" Ricardo Sousa, director do núcleo regional da Madeira da Liga Portuguesa Contra o Cancro
Donativos
A Liga Portuguesa Contra o Cancro funciona, sobretudo, através de donativos. Este sábado, destacou Ricardo Sousa, um grupo de voluntários estará na zona da Sé, para um peditório: "Apesar deste contexto em que vivemos estamos a ir para a rua com os voluntários, com todos os cuidados. Pedimos que nos ajudem para este peditório ser um sucesso e para que consigamos fazer, todos os dias, diferença na vida do doente. Aquilo que estamos a pedir é para nos ajudar a ajudar".