Madeira

"Mais uma névoa sobre todo este processo", diz Iglésias sobre fiscalização do Novo Hospital

SREI diz desconhecer uma proposta de valor inferior ao estabelecido no concurso

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“Isto não é uma surpresa, é mais um episódio rocambolesco para juntar a outros relativamente à empreitada do Novo Hospital Central do Funchal. É um processo opaco e sem transparência”, começou por afirmar o líder parlamentar da bancada do PS na Assembleia Legislativa da Madeira, a propósito da manchete do DIÁRIO desta sexta-feira, que conta a história de uma proposta apresentada pelo SUCH -  Serviço de Utilização Comum dos Hospitais - para fiscalização e coordenação das obras da nova unidade hospitalar, mas que o Governo Regional diz desconhecer. A proposta em causa apresentava um valor de 4,2 milhões de euros, inferior aos 6,1 milhões de euros estabelecidos em concurso público e, garantiu o presidente do Conselho de Administração do SUCH, foi entregue formalmente, “em papel ou ‘file’”.

Miguel Iglésias, que tem falado diversas vezes em “transparência” em relação ao processo da obra do Hospital Central da Madeira por considerar que “há muitos interesses devido ao valor económico e importância desta empreitada”, aponta que “é simplesmente mais um ponto que indica que há algo muito estranho na actuação do Governo Regional neste processo”. 

Mais “estranho”, diz o socialista, é a proposta em questão ter sido “muito mais baixa do que aquela que foi o valor base do Governo”.

Sobre a Secretaria Regional dos Equipamentos e Infraestruturas ter afirmado que desconhece a proposta apresentada pelo SUCH, Miguel Iglésias diz não ser “nada normal”. Mais: “Declarações completamente contraditórias. Julgo que relativamente a isto ainda haverá muito mais água a correr pela ribeira, não há dúvidas”.

O deputado socialista lembrou que o PS já apresentou uma denúncia à Autoridade da Concorrência devido ao que os socialistas consideram “uma cartelização do concurso do novo hospital” e que “o facto do Governo Regional ter dispensado os serviços do SUCH, uma entidade pública de serviços de fiscalização hospitalar, lança mais uma névoa sobre todo o processo".

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