“Só tenho que aceitar, respeitar e trabalhar”, reage Rui Marques
Deputado e ex-autarca minimiza exclusão da lista da Comissão Política do PSD/M
O deputado e ex- presidente da Câmara Municipal da Ponta do Sol, Rui Marques, minimizou a o facto de ter sido excluído por Miguel Albuquerque, das listas candidatas à Comissão Política e ao Secretariado do PSD/M.
“A responsabilidade e a estratégia política diz respeito ao presidente do partido” começou por reagir, para de imediato sublinhar que quem ficou de fora compete “respeitar e aceitar” a decisão de Miguel Albuquerque. Lembra que “a equipa é feita por ele” e por isso “é responsável” pela “escolha dos elementos que ele quer ter próximo de si” e “o aconselhem da melhor forma. Portanto, em relação a isso, só tenho que aceitar, respeitar e trabalhar para que o PSD alcance os seus objectivos”, manifestou.
Surpreendido com a sua exclusão da Comissão Política? “Não! Da mesma forma que aceitei quando fui convidado [a integrar a lista da actual Comissão Política], também aceito a escolha que o presidente fez para os próximos dois anos. A mim só me compete aceitar e respeitar a decisão”, reafirmou.
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Albuquerque lidera única lista candidata às eleições directas do PSD Madeira, marcadas para o próximo dia 23 de Outubro, cuja composição foi divulgada hoje
Erica Franco , 02 Outubro 2020 - 18:55
Resignado, Rui Marques lembra que “ele [Miguel Albuquerque] é o presidente e o candidato à próxima Comissão Política do partido, tem todo o direito de escolher os elementos que acha que são os mais indicados para as próximas eleições”, insiste.
"Quem faz parte da lista tem a responsabilidade de o aconselhar da melhor forma. Aos restantes elementos, por que não cabem todos na comissão, compete trabalhar para que o partido ganhe as próximas eleições Autárquicas em todos os concelhos. Esse é o nosso dever como militantes e é para isso que eu cá estou, para trabalhar para o partido, neste caso, para no próximo ano conquistar o concelho da Ponta do Sol”
Já quando questionado se a recente ‘briga’ interna concelhia onde também esteve envolvido terá influenciado a decisão de o afastar dos órgãos do partido, Rui Marques subiu o tom: “Eu espero sinceramente que não tenha [influenciado] ”. Aproveitou de resto para “pôr o dedo na ferida” em relação à polémica, para deixar claro que enquanto militante “tenho todo o direito de me pronunciar sobre o que nós queremos para a Ponta do Sol. Eu dei a minha opinião como, em outros momentos, outros também a deram, a exemplo também de outras situações que aconteceram quando saiu os nomes dos candidatos, portanto, ninguém teve a postura que o presidente da Comissão Política de Freguesia [dos Canhas] teve nesta altura”, lembrou. De imediato acrescentou que “se houve alguma polémica não foi do meu lado. Não fui eu que fui para os órgãos de comunicação social tecer comentários sobre as pessoas. Nesta matéria descarto qualquer tipo de responsabilidade porque não fui eu que vim para a praça pública. Apenas dei a minha opinião na minha página do facebook onde sou dono e tenho a liberdade de escrever sobre o que acho que devo escrever, sem ofender ninguém, sem criticar ninguém e sem fazer pressão por ninguém”, garante.
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Orlando Drumond , 27 Setembro 2020 - 18:50
Aos que o criticam pelo teor do post, dá a resposta: “Se acham que dar a minha opinião é fazer ameaças e chantagens, lamento por que não foi essa a minha postura. Lamento sim foi a postura do presidente da Comissão Política de Freguesia [dos Canhas] teve. Isso sim eu considero chantagem e ameaça. Aliás, não fui eu que ameacei demitir-me. Houve alguém que fez esse papel”, recorda, sem alguma vez proferir o nome do responsável pelo PSD na Freguesia dos Canhas. E para que não subsistam dúvidas em relação à convulsão ocorrida no início da semana, o antigo presidente da Câmara recusa ser apontado como culpado pela ‘tempestade’ criada. “Nessa matéria descarto qualquer responsabilidade por que não fiz qualquer tipo de ameaças ou de pressão. Apenas dei a minha opinião. Mas isso deixo a quem teve essa postura que ponha a mão na consciência e analise se o seu comportamento foi o mais adequado ou não. Que fique claro que recuso ser o ‘bode expiatório’”, concretizou.