Honremos a memória de Quino
Desapareceu-nos Quino, Mestre da banda desenhada
e do cartoon. Foi uma referência inigualável nestas artes.
Criou a Mafalda, personagem criança questionadora e politizada.
Esta, com apenas 6 anos coloca perguntas, que nem os adultos
conseguem responder! Através da Mafalda, alter ego de Quino,
preocupou-se com a liberdade, a justiça social, o ambiente,
sendo acérrimo defensor da Amazónia. Argentino, foi admirador de Che Guevara e Maradona através da banda desenhada.
Também por ser democrata, aquando da ditadura militar implantada em 1976, foi obrigado a fugir para Milão. O seu companheiro de artes, Héctor G. Oesterheld, de sensibilidade humana igual à de Quino,
desapareceu por acção do terrorismo ditatorial.
Quino foi um dos responsáveis pelo meu ingresso na Escola de Artes Decorativas António Arroio. Amo a sua obra e pelo que nos legou continuará vivo! Honremo-lo.
Vítor Colaço Santos