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Tudo é o que parece

O PSD/Madeira tem o dever de apresentar as melhores pessoas, os melhores projetos

PSD/M e as Autárquicas

Dois anos em política é muito tempo, e as eleições regionais são apenas em 2023. Mas, mesmo sabendo que o eleitorado madeirense é inteligente, e sabe distinguir o que está em causa em cada ato eleitoral, é preciso preparar com ponderação as Autárquicas do próximo ano. O PSD/Madeira tem o dever de apresentar as melhores pessoas, os melhores projetos e as melhores estratégias para cada freguesia, para cada concelho.

Deve ir sozinho ou coligado? O bom-senso deve imperar nesta decisão, sempre condicionada à estabilidade do Governo, em primeiro lugar, e a obtenção de um bom resultado autárquico, em segundo lugar.

Não tenhamos dúvidas: um bom resultado nas Autárquicas será um reforço na estabilidade do Governo e da Coligação, e uma alavanca para as Regionais de 2023.

Discriminação

Bem podem socorrer-se das maiores desculpas, mas esta proposta socialista de Orçamento de Estado (OE) só pode ter um nome: discriminação. Discriminação para a Madeira. Discriminação para com os Madeirenses. Discriminação para com uma parcela do território português, que ousa pensar diferente e escolher soluções políticas que não agradam a quem manda em Lisboa.

O Orçamento de Estado deve ser um documento equitativo, equilibrado e justo, para com todo o território nacional. Afinal somos todos portugueses que descontam para o mesmo Estado. Ora este Orçamento de Estado é tudo menos equitativo, equilibrado ou justo. É um orçamento injusto, desequilibrado, irrealista, caprichoso e, repito, discriminatório.

A não viabilização do aval do Estado ao empréstimo da Madeira, não custava nada ao país, mas vai custar 83 milhões de euros aos madeirenses.

Ter regiões insulares não traz apenas direitos e benefícios para o País. Acarreta também deveres e responsabilidades. Está na hora de Lisboa começar a assumir os custos e as responsabilidades de ter regiões insulares portuguesas.

Orçamento, dá com uma mão e tira com a outra

À boa maneira socialista, num expediente de propaganda, a proposta de Orçamento promete muito, mas dá muito pouco. Exemplos não faltam num texto recheado de falácias e enganos. Se o OE prevê aliviar os descontos mensais no IRS, Costa esquece-se de alertar que na declaração do IRS a fatura será elevada. Ou seja, os contribuintes vão pagar bem mais. Este é um orçamento que dá com uma mão e tira com a outra.

E, mesmo o que dá é bem pouco. Olhemos para os ‘incentivos’ (as aspas são propositadas) e aposta na saúde dos portugueses. O Orçamento promete uma dedução de 15% do IVA dos ginásios. Feitas as contas, se um cidadão gastar 600 euros por ano no ginásio, no final dos 12 meses terá uma dedução de 16,23 euros. Uma fortuna...

Construir uma alternativa

É por tudo isto que o PSD não poderia fazer outra coisa que não fosse votar contra esta proposta. Foi com agrado que vi isso. Estamos perante um orçamento irrealista, que o PSD não poderia ser cúmplice e deixar passar. Rui Rio esteve muito bem, perante a falta de rumo do governo socialista. É preciso construir alternativas. É fundamental construir alternativas. Que este voto do PSD contra o OE e o discurso de Rui Rio, marquem o início da construção de uma alternativa.

Pagar pela falta de rumo de Lisboa

Desde o início da pandemia o Governo Regional da Madeira tem-se destacado pelo rumo claro das políticas, pela coerência das medidas e pela assertividade como as tem cumprido. É por isso, e porque a sorte dá muito trabalho, que a região autónoma tem conseguido limitar o impacto da doença na saúde dos madeirenses, e se distinguido como um destino seguro.

Por exemplo, o uso de máscaras de proteção individual em todo o espaço público. Quando o Governo Regional anunciou esta medida para Madeira, os socialistas locais tentaram criar ruído dizendo que o uso obrigatório de máscara iria dar uma “imagem de insegurança” e que iria “afastar os turistas”. Nada de mais falso. A Madeira esteve em todos os rankings de “destino mais seguro” em tempos de pandemia.

O maior erro da Europa

Em África, países como a África do Sul e Angola, por exemplo, obrigam os passageiros a fazer teste antes de sair do país. Já a Europa não se define. Não define uma estratégia comum a este nível o que é lamentável, e passa uma imagem de uma Europa burocrata, indecisa e lenta.

Este tem sido o seu maior erro. Não obrigar a realizar o teste na origem. Porque só assim, o turismo ganha confiança e a economia cresce. Isto não vai lá só com ‘bazucas’. Africa a dar lições à Europa, não seria o mais expectável.

Estatísticas

Sempre que se fala em estatísticas aponta-se principalmente o que é negativo. Raramente se destaca aquilo que é positivo. Na semana passada, por exemplo, saíram estatísticas animadoras e curiosas. O consumo de álcool baixou na Região, bem como o consumo de tabaco. Mais, o índice de felicidade na Madeira é o mais elevado do país.

Beber do próprio veneno

Nos Açores o PS perdeu a maioria absoluta, contra todas as probabilidades e sondagens, que tambem são falíveis.

Vamos a ver se a prática adoptada, elogiada e defendida pelo PS, em Lisboa, que o levou a formar governo sem ganhar as eleições, não é replicada nos Açores, colocando o partido vencedor, sem maioria absoluta , fora do governo! É o que se chama o feitiço virou-se contra o feiticeiro.

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