Contingente insular nas residências universitárias é pretensão de Olavo Câmara
Olavo Câmara defendeu, hoje, a existência de um contingente insular no acesso às residências universitárias. O deputado do PS-Madeira eleito à Assembleia da República propôs esta situação aquando da audição ao ministro da Ciência Tecnologia e Ensino Superior, no âmbito da discussão na especialidade do Orçamento do Estado para 2021.
"Ser estudante insular deslocado é saber que estamos à distância de um oceano de casa, é saber que o apoio familiar e pessoal mais próximo não está dependente de uma autoestrada ou de uma linha de comboio", mas sim de "um voo que pode ou não acontecer", sustentou o deputado, acrescentando que as Regiões Autónomas continuam a ter barreiras próprias no acesso ao ensino superior.
O socialista deu conta do facto de as regiões autónomas continuarem a ter as piores taxas de abandono escolar precoce do País e de serem menos os jovens ilhéus a prosseguir o ensino superior, comparativamente a outras regiões do país.
O deputado eleito pelo PS-Madeira referiu-se ao facto de o acesso ao alojamento por parte dos estudantes madeirenses e açorianos representar um valor económico e pessoal muito superior a qualquer outro estudante aquando da decisão de aceder ou não ao ensino superior.
O contingente "é uma variante que pode muito bem enquadrar-se dentro da resposta que o Governo da República já está a dar, no sentido de aumentar a oferta disponível de alojamentos para estudantes universitários a preços regulados", considerou.