Madeira

Universidade da Madeira quer contrato-programa com Estado semelhante à dos Açores

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A Universidade da Madeira (UMa) exige um contrato-programa com o Estado semelhante ao que foi estabelecido com a Universidade dos Açores, envolvendo 1,2 milhões de euros por ano, no próximo quadriénio, afirmou hoje o reitor.

"A Universidade da Madeira congratula-se com esse acordo, mas exige, naturalmente, a efetivação também consigo de um contrato-programa, em montantes no mínimo idênticos ao da sua congénere insular, uma vez que a UMa ainda se encontra bastante mais subfinanciada do que a sua congénere açoriana", declarou José Carmo.

O reitor falava na sessão solene de abertura do Ano Académico 2020/2021 da Universidade da Madeira, no Funchal.

José Carmo disse que a proposta de Orçamento do Estado para 2021 também beneficia a universidade açoriana, uma vez que avança com uma dotação inicial de 18,4 milhões de euros, ao passo que a UMa receberá apenas 13 milhões de euros.

"Isto é, a Universidade dos Açores receberá mais cerca de 5,3 milhões do que a Universidade da Madeira, o que corresponde a mais de 41% do que nós", alertou, sublinhando que a discrepância ocorre apesar de o número de alunos da UMa ser ligeiramente superior.

O reitor vincou que os contratos-programa "não têm de ser iguais", mas considera que são "essenciais" para ambas as instituições, como forma de as compensar da "impossibilidade de realizar economias de escala", devido à sua reduzida dimensão e à situação insular e ultraperiférica.

José Carmo defende a elaboração de um contrato-programa tripartido, envolvendo a Universidade, o Governo da República e o Governo Regional, que permita o aumento do financiamento para alargar a oferta formativa, reforçar a investigação, construir um edifício pedagógico-científico e assegurar o acesso a fundos para reforçar da sua internacionalização, a modernização administrativa e a transformação digital.

O reitor indicou, por outro lado, que o número de vagas disponibilizadas pela UMa cresceu cerca de 21%, passando de 635 em 2019 para 767 em 2020, e o número de alunos colocados também aumentou.

"Tratou-se do maior número de colocados de sempre, ultrapassando pela primeira vez a barreira dos 600", esclareceu, reforçando que 61% dos candidatos madeirenses colocaram cursos da UMa como sua primeira opção, tendo a universidade acolhido 39,3%, que entraram para o ensino superior na 1ª fase.

As aulas na Universidade da Madeira começaram em 06 de outubro.

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