Sejamos fortes, porque vontade não nos falta!
Sejamos fortes no meio de tanta mediocridade política. No meio de tanta propaganda...
Em democracia, o povo é soberano. É o povo que manda, que escolhe e que assume as suas decisões, mas, também, que merece ver honrado o projeto político em que confia. As promessas que lhe são feitas.
Não, isto não vem a propósito das recentes Eleições Regionais dos Açores, em que o PS, ao fim de 24 anos, perdeu a maioria absoluta. Nem nada tem a ver com os que, em plena pandemia, mantêm a sua postura destrutiva, própria de quem, nem nas piores situações, é capaz de contribuir para o bem de todos, preferindo, em sentido inverso, criticar por criticar e denegrir todo o trabalho que é feito. Nem tampouco tem a ver com a falta de vergonha dos Executivos Municipais que, na Região, são governados pela oposição, executivos esses que nem reúnem, nem decidem ou cumprem e nem se preocupam em resolver os problemas que, dia após dia, afetam a população pela qual foram eleitos. E que tinham e têm, caso não saibam, o dever e a obrigação de respeitar.
Vem isto sim a propósito do Primeiro-Ministro de Portugal (?) que não se coíbe de demonstrar, a cada dia que passa, que a Madeira ocupa o último lugar da sua lista de prioridades, se é que sequer faz parte dessa mesma lista. Uma vergonha descarada que conta com a cumplicidade e a conivência dos que reiteradamente se afirmam a favor da Madeira e que, na prática, estão é ao lado de quem mais nos prejudica e prejudicou, ao longo dos últimos anos. Basta ver que perante um Orçamento de Estado para o próximo ano que omite dez – repito, dez – compromissos que foram ignorados em 2020, ainda têm o desplante de dizer que o mesmo é bom para os Madeirenses.
Da mesma forma que consideram que o aval que não nos chegou – e que possibilitaria à Região uma poupança de 84 milhões de euros de juros no empréstimo a contrair – ainda pode chegar ou que dizem que a culpa do Governo da República não respeitar a Madeira é do Governo Regional e do PSD/M, que não sabem negociar ou concertar posições. Curiosamente, os mesmos que apregoam tais disparates e que fazem da demagogia uma forma de estar em política, são os mesmos que se diziam e dizem influentes em Lisboa, sem, todavia, nada conseguirem ou provarem nesse sentido. Bem pelo contrário, são ainda mais ignorados por esquecerem e traírem, de forma continuada e recorrente, quem os elegeu.
Sejamos fortes no meio de tanta mediocridade política. No meio de tanta propaganda que não passa disso mesmo, de vazio. No meio de tanta falta de palavra e de esquecimento premeditado. Saibamos resistir, procurando a concertação e o diálogo, mas, também, aumentando a voz quando é preciso e sem ter medo de afirmar, com toda a convicção, que a Madeira e os Madeirenses estão sempre primeiro, merecem tudo e muito mais do que promessas por cumprir.
Sejamos fortes porque vontade não nos falta.
Vontade de continuar no rumo certo e no caminho que, de forma responsável e honesta, soubemos traçar e diariamente cumprimos. Vontade de ir sempre mais além e de concretizar soluções que outros tantas vezes nos negam.
Sejamos firmes naquilo em que acreditamos, mesmo que nos coloquem obstáculos. Mesmo que nos obriguem a dar dois passos atrás antes de seguir em frente. Que nada disto e que nenhuma dificuldade nos detenha, tal como nunca deteve, ao longo de todos estes anos em que, tanto no poder quanto no parlamento, cumprimos e estivemos, sempre, ao lado da nossa população.
Sejamos fortes ao ponto de resistir, conforme resistimos, sozinhos e relegados para terceiro ou quarto plano, na pandemia que enfrentamos este ano, perante a absurda e inaceitável falta de solidariedade e de resposta de um Governo da República que, insisto, não sabe onde é que fica a Madeira no mapa de Portugal.
Sejamos verdadeiros. Com uma população que merece todo o nosso esforço, trabalho e dedicação. Com uma população que confia em nós há mais de quarenta anos e que, em 2021, certamente voltará a reiterar, ainda mais, a nossa força, defraudada que está, do ponto de vista local, com as escolhas que fez, assentes numa mentira que hoje se tenta camuflar a todo o custo, quando falta menos de um ano para a mudança que, juntos, ao lado dos nossos Militantes, iremos conseguir. A bem da Madeira e do Porto Santo.
Sejamos fortes e, acima de tudo, sejamos exemplo. Como temos sido do ponto de vista da governação. Como somos e temos sido, enquanto Partido. Enquanto conjunto de Homens e Mulheres que luta pelo bem maior. Que acredita nesse bem comum e que não desiste de exigir mais e melhor para a sua terra.
Porque é isso que nos move, o melhor para a nossa Região.