Deputados do PSD-M na AR não vão furar disciplina de voto
Este ano, durante o debate do Orçamento de Estado, não há qualquer possibilidade dos três deputados do PSD-M na Assembleia da República terem novamente os holofotes mediáticos apontados a si, porque, desta vez, os parlamentares não vão contrariar a disciplina partidária durante a votação na generalidade.
Sara Madruga da Costa, Sérgio Marques e Paulo Neves vão estar alinhados com as directrizes de Rui Rio porque dentro do PSD-M ninguém acredita que haja compensações suficientes para alimentar um braço-de-ferro à semelhança do ano passado onde a negociação entre o governo regional e o executivo de António Costa para o co-financiamento da construção do novo hospital do Funchal foi preponderante para que os deputados madeirenses tivessem tamanha postura. A garantia foi deixada ao início desta tarde ao DIÁRIO por Miguel Albuquerque.
No OE de 2020 os deputados do PSD-M abstiveram-se na votação na generalidade enquanto o resto da bancada votou contra, por isso mesmo foram alvo de um processo disciplinar. A diligência chegou a ser desencadeada a pedido da direcção do grupo parlamentar dos social-democratas.
Ainda se especulou que pudesse existir, por exemplo, uma contrapartida de António Costa à ‘nega’ ao aval de 458 milhões de euros que a Região vai contrair, eventualmente a criação de uma moratória para as prestações do resgate ou a regularização da dívida dos subsistemas de saúde. Matérias que os social-democratas não esperam grandes resultados vindos de Lisboa.