Terramotos
Boa noite!
Terramoto político
O terramoto político nos Açores, vaticinado pelo populista André Ventura, acabou por acontecer. Depois da Madeira, também no arquipélago vizinho deixa de haver maioria absoluta no parlamento regional. Ontem os socialistas no poder venceram com 39% dos votos, mas só conseguiram eleger 25 deputados do total de 57 parlamentares. Somadas as partes, a direita tem mais votos do que a esquerda. Assim, a governabilidade dos Açores é uma incógnita, sendo que cabe ao PS apresentar a solução que corre sérios riscos de ser chumbada de forma célere. Basta que os perdedores se juntem e formem uma coligação de interesses à imagem do que aconteceu outrora com a geringonça continental.
Vasco Cordeiro tem a primeira palavra, mesmo que a última de si não dependa.
Meias verdades
A luta contra a pandemia obriga à verdade. E honra seja feita, Herberto Jesus foi frontal como poucos quando ontem admitiu que se não forem tomadas medidas mais duras estaremos perante uma catástrofe na Região. Escrevemos desde o início que ninguém devia mentir num processo melindroso. Não é o que se tem visto nos últimos dias. Por isso, tudo faremos para tirar a limpo nas próximas horas situações que nos parecem atentar contra a saúde pública. E mais não dizemos para não gerar alarme.
Acusações só com provas
O vice-presidente do Governo Regional assumiu estar disponível para colaborar com as entidades no combate à corrupção, mas garante que não irá “patrocinar acusações gratuitas” e sem fundamento. Pedro Calado, que participou, através videoconferência, numa sessão sobre “Combate ao conluio na contratação pública”, promovida pela Autoridade da Concorrência, considera que quem acusa tem de ter provas e, ou apresenta-as provas, ou deverá ser também tratado como matéria criminal, porque não se pode andar na praça pública a levantar falsos testemunhos”.
Convém que todos os que se precipitaram recentemente no julgamento fácil dos quatro autarcas socialistas que cooperaram com a Justiça nas investigações em curso tomem devida nota do posicionamento social-democrata. O que não virá aí!?