Presidente do parlamento da Madeira critica União Europeia por não definir estratégia comum de combate à Covid
José Manuel Rodrigues falava no âmbito de uma conferência com o presidente de uma região autónoma da Geórgia
O objectivo é aproximar as duas regiões autónomas e partilhar experiências
José Manuel Rodrigues critica as instâncias europeias por ainda não terem definido uma estratégia comum de combate à pandemia por covid-19, nomeadamente no que diz respeito à imposição de testes antes de iniciada uma viagem, em particular, aérea. A preocupação do presidente do parlamento madeirense foi manifestada no âmbito de uma videoconferência realizada hoje, entre o Conselho Supremo da Região Autónoma da República de Adjara – da Geórgia - e a Assembleia Legislativa da Região Autónoma da Madeira.
A Davit Gabaidze, Presidente do Conselho Supremo da República Autónoma de Adjara e membro do Tribunal Constitucional, José Manuel Rodrigues transmitiu a preocupação “pelo facto de UE não ter encontrado uma política comum para os testes obrigatórios. Era importante que UE obrigasse os países-membros, os seus viajantes e turistas a fazerem teste obrigatório na origem. Isso facilitaria a recuperação económica, designadamente ao nível da aviação e do turismo, que são dois sectores importantíssimos hoje, no quadro da EU”.
A videoconferência contou também com Giorgi Mirtskhulava, Embaixador Extraordinário e Plenipotenciário da Geórgia para a República de Portugal (Lisboa) e visou aproximar as duas regiões autónomas. Este primeiro encontro serviu para trocar impressões sobre como concretizar essa aproximação, entre regiões que têm em comum o facto de terem autonomia dentro dos seus países, ambas “viverem do turismo” e enfrentarem problemas idênticos resultantes da pandemia por Covid-19. Além disso, Adjara, como a Madeira, pertence à Assembleia das Regiões da Europa.
José Manuel Rodrigues diz que pode haver uma aprendizagem recíproca entre uma Região com 44 anos de autonomia política e administrativa, a Madeira, e uma outra que a alcançou nos anos 90. “É bom confrontar os poderes legislativos e competências dos governos regionais e aprender uns com os outros.”
O presidente da ALM diz que nunca como agora os povos estiveram “tão distantes, como tão próximos, com problemas comuns”.