Coronavírus Madeira

IASAÚDE diz que haver um surto de Covid-19 na Madeira “é catastrófico”

Herberto Jesus avisa que Região vai tomar “medidas duras” para “preservar a vida”

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Presidente do IASAÚDE critica a União Europeia por não definir uma estratégia que impeça a exportação de casos positivos entre os vários países

O presidente do IASAÚDE avisa que será necessário tomar medidas duras, na Madeira, com o objectivo de preservar vidas. Neste momento, a Região necessita de “duas ajudas” para combater a Covid-19: que os passageiros, em especial os turistas, sejam testados na origem, antes de viajarem para a Região; e que todas as pessoas sejam responsáveis e adoptem as medidas de segurança preconizadas pelas autoridades de saúde.

Herberto Jesus, que foi o convidado de hoje do programa da TSF-Madeira - Bola no AR, acrescentou: “Agora, as pessoas têm de ter a noção de que este é um esforço muito grande, mas, como ainda não houve mortalidade na Madeira, as pessoas acham que isto é uma coisa distante, que está tudo bem. Nós temos de estar conscientes de que, daqui a dias, vamos ter mais vírus a circular e temos de nos proteger.”

“As medidas que nós vamos tomar são duras, mas, neste momento, é para preservar a vida. Imaginem o que é um surto numa Região com a densidade populacional como a nossa. É catastrófico.”

O presidente do IASAÚDE criticou a falta de uma estratégia europeia, que radique na testagem à partida, para que os países não estejam, como acontece agora, a exportar casos positivos e, com isso, a contribuir para o crescimento da pandemia. “O que queríamos e seria bom para todos nós, para mexer com a economia, é que tivéssemos um turismo de  casos negativos. Se fossem testados na origem.”

Mas, lamentou, na Europa “não há estratégia europeia para testar na origem, os países estão a exportar casos positivos e isso não é bom para a economia. A Europa tem de olhar de forma mais inteligente. Só turismo desenvolve com exportação de casos negativos”.

Herberto Jesus também deixou um apelo para que, no caso, os madeirenses, não contribuam para a criação de uma nova forma de ‘bullying, que resulta do afastamento e discriminação das pessoas que tiveram a doença ou que se suspeita a poderem ter. “Não vamos criar novas formas de bullying, não é do interesse de ninguém e só prejudica o nosso relacionamento e o nosso futuro. Não se pode criar mecanismos de bullying nestas pessoas.”

O que há a fazer é cumprir as recomendações das autoridades de saúde, como o uso de máscara, a manutenção do distanciamento social, o cumprimento da etiqueta respiratória e a higienização frequente das mãos.

O último boletim epidemiológico do IASAÚDE, divulgado ontem, deu conta de mais 15 casos positivos reportados nas 24 horas antecedentes. Até agora foram confirmados 373 caos de Covid-19 na Madeira, havendo, neste momento, 124 activos. Destes, 114 são casos importados e identificados a partir dos testes realizados no aeroporto da Madeira.

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