Ecotrail Funchal foi o maior evento realizado na Madeira desde o início da pandemia
Miguel Silva Gouveia elogiou a prova que “mais do que uma competição, é uma cooperação entre atletas”
A 6ª edição do Ecotrail Funchal - Madeira Island, considerado o mais difícil do mundo, revestiu-se de êxito redobrado na opinião do presidente da Câmara Municipal do Funchal (CMF). Miguel Silva Gouveia destaca não só a exemplar organização montada ‘do mar à serra’ cumprindo com as regras de segurança face ao actual contexto de pandemia, mas também a significativa adesão de participantes, referindo-se aos quase 500 atletas de trail running oriundos de 20 países que participaram nas quatro provas (85 km; 45 km; 30 km; 15 km), que fez desta prova o maior evento realizado na Madeira desde o início da pandemia.
Elogios feitos ao início da tarde, por ocasião da cerimónia de entrega de prémios. O edil funchalense começou por agradecer à Empresa DIÁRIO de Notícias, organizadora da prova, em parceria com a CMF, a “qualidade crescente” que tem vindo a apresentar após cada edição e por fazer do concelho do Funchal “desde o mar à serra, uma infra-estrutura desportiva por excelência” ao ponto de levar o desporto a sítios onde muito provavelmente, não só os estrangeiros, mas também madeirenses e funchalenses não conhecem, não apenas na zona florestal e nas serras da cidade do Funchal, mas também dentro da malha urbana.
Oportunidade para o autarca lembrar que a prova é “desde a primeira hora uma aposta que o Funchal tem feito como cidade amiga do desporto, procurando promover os hábitos de vida saudáveis através do desporto”. Neste particular sublinhou a “preocupação não só nos desportos colectivos, nos desportos indoor, mas também neste tipo de actividades individuais” para destacar “a componente de solidariedade” que caracteriza o trail, fazendo questão de afirmar que ainda não viu a mesma reciprocidade “em nenhuma outra actividade desportiva”. Outrora também praticante da modalidade em provas oficiais, Miguel Silva Gouveia descreve o trail running como um desporto muito assente na “forma solidária, na camaradagem que existe entre os trailers, que muitas vezes mais do que fazer um bom tempo, importa fazer com que os outros se consigam também superar. Esse espírito de entreajuda não se vê em muitas actividades desportivas”, garante. Razão para concluir que “o trail, mais do que uma prova, mais do que uma competição, é uma cooperação entre atletas, entre participantes”, vincou.
Prova que serviu também para provar que é possível organizar grandes eventos adaptados à nova realidade.
Pese embora este seja “um ano complexo, um ano difícil, um ano onde todos nós temos alguns receios de organizar o que quer que seja porque a pandemia acaba por nos ‘empurrar’ para uma situação de algum receio de colocar no terreno provas, mas hoje vemos aqui a prova provada de como, com uma capacidade de adaptação que temos que ter, utilizando o espaço público que a cidade do Funchal oferece por excelência, e conseguindo garantir todas as regras de segurança, conseguimos ter uma prova que provavelmente foi o evento com maior número de participantes na Madeira desde o início da pandemia. E isto é alvo de louvável”, disse.
Na intervenção feita antes da entrega de prémios, o presidente da Câmara da Funchal congratulou-se por ter sido possível “fazer uma prova do princípio ao fim sem que houvesse qualquer tipo de incumprimento, qualquer tipo de quebra daquelas que são as recomendações das autoridades de saúde. Um exemplo de como com a capacidade de adaptação conseguimos manter os nossos eventos, conseguimos manter a normalidade possível, porque o que importa é não parar”, afirmou.
Miguel Silva Gouveia aproveitou o palco na Placa Central da Avenida Arriaga e a presença de dezenas de atletas, acompanhantes e demais entusiastas, para reafirmar que a Câmara mantém-se disponível “para continuar a levar para a frente este Ecotrail no próximo ciclo de três anos”, ou seja, ficou já o compromisso de apoiar a 7ª, 8ª e 9ª edições “daquele que é considerado, a nível mundial, o Ecotrail mais difícil do mundo”, lembrou.
A todos os atletas que conseguiram cumprir a prova, agradeceu o esforço por reconhecer que estes “também provaram que é possível, mesmo em contexto de pandemia, continuar a promover o desporto, promover a camaradagem, a cooperação e os hábitos de vida saudáveis”.