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Sudão assinou acordo com Israel para sair da lista negra dos Estados Unidos

Irão condena acordo e diz que o Sudão se vendeu

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O Ministério das Relações Exteriores do Irão condenou ontem o Sudão por ter chegado a um acordo com Israel para sair da lista negra do terrorismo dos Estados Unidos da América (EUA) e "fechar os olhos" aos crimes contra os palestinianos.

"O anúncio da Casa Branca sobre o Sudão não poderia ser mais simbólico. Pague um resgate suficiente, feche os olhos aos crimes contra os palestinianos e o removerão da chamada lista negra do terrorismo", afirmou o Irão, país inimigo de Israel e dos EUA.

Numa mensagem na sua conta da rede social Twitter, o Ministério dos Exteriores iraniano observou que "obviamente, a lista (negra) é tão falsa quanto a luta dos EUA contra o terrorismo", acrescentando ser "vergonhoso".

Minutos antes do anúncio do acordo entre o Sudão e Israel para normalizar relações, o Presidente norte-americano, Donald Trump, assinou uma ordem executiva para remover Cartum [capital do Sudão] da lista de países patrocinadores do terrorismo.

A medida, que chega depois das autoridades de Cartum se comprometerem a pagar 335 milhões de dólares em compensação às famílias das vítimas de terrorismo, era, segundo os analistas, uma condição para a normalização de relações com Israel.

O Sudão junta-se assim aos Emirados Árabes Unidos e ao Bahrein no restabelecimento das relações diplomáticas com Israel.

O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, afirmou na sexta-feira tratar-se do início de "uma nova era" de paz com os países árabes.

Tal como aconteceu após a normalização das relações com os Emirados Árabes Unidos e o Bahrein, a liderança palestiniana, tanto em Gaza (Hamas) como na Cisjordânia (Al Fatah) expressou uma forte rejeição.

O Irão já tinha também condenado os recentes acordos entre Israel e os dois países do Golfo, que descreveu como "traição" à causa palestiniana e ao mundo muçulmano.

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