PCP considera inaceitável decisão da UE em aplicar corte de 3,9% no POSEI
O PCP criticou hoje a decisão da União Europeia (UE) em aplicar um corte de 3,9% no POSEI e apelou à convergência de todas as forças vivas da sociedade no protesto contra esta decisão que "terá consequências graves para quem vive nas regiões ultra-periféricas".
"Este corte, que acresce aos cortes já anunciados na política de coesão e na Política Agrícola Comum, é inaceitável e confirma as erradas prioridades da União Europeia cada vez mais afastadas das necessidades dos Estados-Membros, enfrentando maiores dificuldades de apoio aos seus sistemas produtivos e às suas populações e cada vez mais orientadas para os interesses das principais potências da União Europeia e dos seus grupos económicos", disse o deputado do PCP, Ricardo Lume.
O deputado afirmou que "o corte anunciado para a Madeira e os Açores é apresentado a preços correntes. Ou seja, na realidade, a preços constantes ajustados pela inflacção", representando cortes "muito maiores".
"A concretizarem-se estes cortes não deixarão de ter consequências profundamente negativas para as regiões da Madeira e dos Açores e para as suas populações, assim como para as suas economias locais e regionais", sustentou.
"Tendo em conta o ataque que está a ser feito por parte da União Europeia aos interesses das regiões ultra-periféricas e em particular à Região Autónoma da Madeira, adiantou que "o PCP vai apresentar na ALRAM um voto de protesto contra esta decisão.